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Montar um bom currículo já é um desafio no Brasil — mas quando o objetivo é aplicar para uma vaga, bolsa ou programa internacional, a tarefa ganha uma nova camada de complexidade.
Cada país tem suas próprias expectativas, formatos e até regras sobre o que deve ou não ser incluído. Saber adaptar seu currículo pode ser o fator decisivo entre passar despercebido ou conquistar a atenção dos avaliadores.
Neste artigo, vamos te mostrar como estruturar seu currículo de forma estratégica para diferentes países, destacando o que muda em formato, linguagem, foco e estilo.
O que você vai aprender:
- As principais diferenças entre CV, resume e curriculum vitae
- O que incluir (e o que evitar) em currículos internacionais
- Como adaptar o currículo para os principais destinos
- Dicas práticas de formatação, idioma e estilo
- Erros comuns e como evitá-los
CV, resume e curriculum vitae: entenda as diferenças
O primeiro passo é saber que “currículo” pode significar coisas bem diferentes dependendo do país.
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Resume (EUA e Canadá): documento curto, com até 2 páginas, focado em resultados e experiências mais recentes.
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Curriculum Vitae (Reino Unido, Europa e Austrália): formato mais detalhado, que inclui histórico acadêmico completo, publicações, cursos e experiências profissionais.
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CV acadêmico: usado em candidaturas a programas de pesquisa, mestrado ou doutorado; prioriza realizações científicas, projetos e conferências.
Saber qual modelo é o mais adequado para o país e o tipo de candidatura é essencial antes de começar a escrever.
O que incluir (e o que evitar) em currículos internacionais
Embora o conteúdo central — formação, experiências e habilidades — seja o mesmo, a forma como você o apresenta varia bastante.
O que normalmente deve ser incluído:
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Nome completo e informações de contato (e-mail profissional e LinkedIn)
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Formação acadêmica
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Experiências profissionais e voluntárias
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Habilidades técnicas e interpessoais
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Idiomas e certificações
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Resultados e conquistas mensuráveis
O que evitar:
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Foto (em muitos países, como EUA e Canadá, pode ser considerado inadequado)
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Dados pessoais como idade, estado civil, CPF ou endereço completo
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Textos longos e genéricos: currículos internacionais valorizam concisão e objetividade
Como adaptar o currículo para diferentes países
🇺🇸 Estados Unidos e 🇨🇦 Canadá
Priorize resultados e métricas. Cada experiência deve mostrar impacto direto, com verbos de ação fortes e dados concretos. Por exemplo:
“Aumentei o engajamento do projeto em 30% em seis meses.”
Evite incluir foto, idade e informações pessoais. Use o formato resume, curto e direto.
🇬🇧 Reino Unido
Aqui, o termo usado é Curriculum Vitae (CV). Ele pode ser um pouco mais extenso, com foco em formação e projetos relevantes. Adapte o tom para mostrar profissionalismo e clareza. É comum incluir uma personal statement (breve resumo sobre objetivos e valores).
🇩🇪 Alemanha e 🇫🇷 França
Esses países valorizam a organização e a precisão. O CV pode incluir foto profissional e data de nascimento, mas com cuidado. Experiências devem ser apresentadas em ordem cronológica inversa e com ênfase em estudos e estágios técnicos.
🇯🇵 Japão
O currículo japonês, chamado rirekisho, segue um formato tradicional e padronizado. Em muitos casos, é necessário preencher um modelo específico (disponível em papelaria ou online). A atenção aos detalhes e à forma de apresentação é crucial.
🇦🇺 Austrália e 🇳🇿 Nova Zelândia
Parecido com o modelo britânico, o CV australiano é claro, bem estruturado e com foco em competências transferíveis. Inclua experiências de voluntariado e projetos extracurriculares — são muito valorizados!
Dicas práticas para um currículo internacional
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Adapte o idioma ao destino: se estiver aplicando para a França, o currículo deve estar em francês; para o Japão, em japonês (ou, quando permitido, em inglês).
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Use palavras-chave: principalmente em candidaturas online, o currículo é filtrado por sistemas automáticos.
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Mantenha o design limpo: nada de fontes decorativas ou cores exageradas. A legibilidade vem primeiro.
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Peça revisão: se possível, peça a um nativo para revisar seu texto. Erros de linguagem passam uma imagem de descuido.
Erros comuns (e como evitá-los)
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Traduzir literalmente o currículo brasileiro. Cada país tem sua lógica — copiar e colar não funciona.
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Incluir informações pessoais demais. Em alguns lugares, isso pode até eliminar sua candidatura.
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Não adaptar o foco ao objetivo. Um CV acadêmico é muito diferente de um voltado ao mercado de trabalho.
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Usar português no LinkedIn. Se o currículo está em inglês, o perfil online também deve acompanhar.
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