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Uma das maiores dúvidas de quem sonha em estudar fora é simples — e totalmente justa: dá para trabalhar durante o intercâmbio sem perder a bolsa?
A boa notícia é que, em muitos países e programas, sim. Existem bolsas internacionais pensadas exatamente para isso: permitir que o estudante complemente a renda, ganhe experiência profissional e consiga se manter no exterior de forma mais sustentável.
Neste artigo, vamos explicar como funcionam as bolsas que permitem trabalhar, quais são os modelos mais comuns, o que a legislação costuma permitir e como avaliar se essa opção faz sentido para o seu perfil.
O que você vai aprender:
- O que significa “poder trabalhar” dentro de uma bolsa
- Quais tipos de bolsas normalmente permitem trabalho
- Diferença entre trabalho on-campus e off-campus
- Limites de carga horária mais comuns
- Como o trabalho impacta (ou não) sua bolsa
- Erros comuns ao planejar intercâmbio com trabalho
- Como identificar se uma bolsa realmente permite trabalhar
O que significa uma bolsa permitir trabalho?
Quando dizemos que uma bolsa permite trabalhar, isso pode significar coisas diferentes, dependendo do país e do programa.
Em geral, existem três cenários:
-
A bolsa permite trabalho por regra do visto
-
A bolsa inclui trabalho como parte do programa
-
A bolsa não impede o trabalho, mas não garante vaga
Ou seja: permitir trabalhar não é o mesmo que garantir emprego — e entender essa diferença é essencial para não criar expectativas erradas.
Bolsas em que o trabalho faz parte do programa
Alguns programas já nascem com o trabalho integrado à experiência acadêmica.
Exemplos comuns:
-
Bolsas de pesquisa (mestrado, doutorado ou pós-doc)
-
Teaching Assistant (TA) ou Research Assistant (RA)
-
Programas sanduíche com estágio obrigatório
Nesses casos, o estudante:
-
Trabalha dentro da universidade
-
Recebe um stipend mensal
-
Tem carga horária definida
-
Usa o trabalho como parte da formação
Esse é um dos modelos mais estáveis, porque o trabalho já está previsto no edital.
Bolsas que permitem trabalho por regra do visto
Em muitos países, o visto de estudante já autoriza trabalho parcial — independentemente da bolsa.
Normalmente funciona assim:
-
O estudante recebe a bolsa
-
O visto autoriza trabalho por um número limitado de horas
-
O trabalho é opcional
Limites comuns:
-
20 horas por semana durante o período letivo
-
40 horas por semana nas férias
Esse modelo é muito comum em países como:
-
Canadá
-
Reino Unido
-
Irlanda
-
Austrália
-
Alemanha
Aqui, o trabalho vira um complemento de renda, não a base do sustento.
Trabalho on-campus x off-campus
Trabalho on-campus
-
Dentro da universidade
-
Biblioteca, laboratórios, escritórios, cafés do campus
-
Mais fácil de conciliar com os estudos
-
Menos burocracia
Trabalho off-campus
-
Fora da universidade
-
Restaurantes, lojas, escritórios, hotéis
-
Pode exigir autorização extra
-
Concorrência maior
Em muitos países, o estudante começa on-campus e só depois pode trabalhar fora.
O trabalho pode fazer você perder a bolsa?
Essa é uma preocupação comum — e válida.
Na maioria dos casos:
-
Trabalhar não cancela a bolsa
-
Trabalhar não reduz automaticamente o valor
-
Mas ultrapassar o limite legal pode gerar problemas
O que pode causar problemas:
-
Trabalhar mais horas do que o permitido
-
Trabalhar sem autorização
-
Descumprir regras do visto
Por isso, sempre leia:
-
O edital da bolsa
-
As regras do visto de estudante
-
As orientações da universidade
Bolsas em que o trabalho NÃO é recomendado
Nem toda bolsa combina bem com trabalho externo.
Exemplos:
-
Bolsas muito intensivas academicamente
-
Programas de curta duração
-
Cursos com carga horária elevada
-
Bolsas que exigem dedicação exclusiva
Nesses casos, mesmo que o visto permita trabalhar, na prática pode ser inviável.
Erros comuns ao planejar intercâmbio com trabalho
-
Contar com o trabalho antes de chegar ao país
-
Achar que o salário vai cobrir todos os custos
-
Ignorar impostos e descontos
-
Não considerar o impacto na rotina de estudos
Trabalhar durante o intercâmbio ajuda — mas não substitui um bom planejamento financeiro.
Como identificar se uma bolsa permite trabalhar
Antes de aplicar, verifique:
-
O que o edital diz sobre dedicação exclusiva
-
As regras do visto do país
-
Se a universidade oferece vagas on-campus
-
Depoimentos de ex-bolsistas
-
Documentos oficiais do governo
Nunca confie apenas em “ouvi dizer”.
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Foto de capa por Nathan Sack na Unsplash