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Fazer uma pós-graduação fora do país é um sonho que exige planejamento e atenção aos detalhes — e um dos mais importantes é a carta de recomendação.
Esse documento, muitas vezes decisivo no processo de seleção, serve para mostrar às universidades quem você é através do olhar de alguém que já trabalhou ou estudou com você.
Mas afinal, quem deve escrever essa carta? O que ela precisa conter? E como garantir que ela realmente destaque seu potencial acadêmico e profissional?
Neste artigo, você vai entender como funcionam as cartas de recomendação para pós-graduação no exterior e descobrir dicas práticas para conquistar textos fortes e autênticos que aumentam suas chances de aprovação.
O que você vai aprender:
- O que são cartas de recomendação e por que são tão importantes nas candidaturas internacionais.
- Diferenças entre recomendações acadêmicas e profissionais.
- Quem deve escrever suas cartas e como escolher o melhor recomendante.
- Estrutura e conteúdo de uma boa carta de recomendação.
- Como solicitar uma carta sem constrangimentos e com eficiência.
- Dicas práticas para garantir que suas cartas destaquem seus pontos fortes.
O que é uma carta de recomendação e por que ela é importante
As cartas de recomendação (ou letters of recommendation) são documentos escritos por pessoas que conhecem bem seu desempenho acadêmico ou profissional e podem atestar suas competências, comportamento e potencial. Elas são fundamentais para programas de pós-graduação no exterior, especialmente em países como EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda e Austrália.
O objetivo é dar à universidade uma visão externa e confiável sobre quem você é — não apenas notas e prêmios, mas também como você trabalha em equipe, lida com desafios e contribui para o ambiente acadêmico.
Em muitas universidades, as cartas podem definir o desempate entre candidatos com notas e currículos semelhantes. É por isso que elas merecem atenção especial.
Tipos de cartas de recomendação
Existem dois principais tipos de cartas solicitadas em candidaturas de pós-graduação:
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Acadêmica — escrita por professores, orientadores ou coordenadores que acompanharam seu desempenho como aluno.
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É o tipo mais comum para mestrados e doutorados acadêmicos.
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Deve abordar aspectos como sua capacidade de pesquisa, raciocínio crítico, participação em projetos e potencial acadêmico.
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Profissional — escrita por supervisores, gestores ou colegas de trabalho.
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É exigida principalmente em mestrados profissionais ou MBAs.
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Enfatiza liderança, responsabilidade, trabalho em equipe, tomada de decisão e resultados alcançados.
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Alguns programas pedem ambos os tipos, especialmente quando a formação acadêmica e a experiência profissional têm peso semelhante.
Quantas cartas são necessárias
A maioria dos programas pede duas a três cartas. Algumas universidades especificam quem deve escrever cada uma (por exemplo, “duas acadêmicas e uma profissional”). Sempre leia atentamente as instruções do edital do curso ou do portal da universidade.
Quem deve escrever sua carta de recomendação
O principal critério é credibilidade + proximidade. O recomendante precisa ter autoridade no campo e conhecer seu trabalho o suficiente para escrever um texto autêntico e detalhado.
Boas opções incluem:
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Orientadores de TCC, iniciação científica ou projetos de pesquisa.
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Professores de disciplinas-chave relacionadas ao curso que você quer cursar.
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Supervisores de estágio ou trabalho.
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Coordenadores de curso ou diretores de área que acompanharam sua trajetória.
Evite:
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Pessoas que não conhecem bem seu trabalho (mesmo que tenham cargos altos).
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Amigos ou familiares (mesmo que sejam profissionais respeitados).
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Recomendações genéricas ou copiadas de modelos prontos.
O mais importante é que o texto soe pessoal e convincente, mostrando que o autor realmente trabalhou com você e sabe de suas qualidades.
Estrutura ideal de uma carta de recomendação
Embora cada recomendante tenha liberdade de escrita, as cartas mais fortes costumam seguir uma estrutura parecida:
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Introdução (1 parágrafo)
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Identificação do recomendante (cargo, instituição, relação com o candidato).
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Contexto de como conheceu o candidato e há quanto tempo o acompanha.
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Corpo (2–3 parágrafos)
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Exemplos concretos das habilidades, conquistas e atitudes do candidato.
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Comparações com outros alunos ou profissionais (“entre os 10% melhores alunos que já orientei”).
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Ênfase em qualidades que se encaixam no curso desejado: pensamento crítico, curiosidade, responsabilidade, ética, criatividade etc.
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Conclusão (1 parágrafo)
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Reafirmação da recomendação.
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Disponibilidade para fornecer mais informações (com e-mail e assinatura institucional).
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Dica: recomendações fortes sempre trazem exemplos específicos, não apenas elogios genéricos como “dedicado” ou “trabalhador”.
O que não pode faltar na carta
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Informações de contato e cargo do recomendante.
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Detalhes concretos de convivência e desempenho.
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Conexão direta com o curso e a área de interesse.
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Assinatura oficial e papel timbrado (quando possível).
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Tom formal e positivo.
Como pedir uma carta de recomendação
Muitos candidatos sentem vergonha ou insegurança para pedir cartas — mas é algo absolutamente normal. Veja como fazer de forma respeitosa e estratégica:
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Peça com antecedência: idealmente 4 a 6 semanas antes do prazo de envio.
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Escolha o momento certo: envie um e-mail educado, lembrando o contexto do curso e por que acredita que aquela pessoa pode escrever uma boa carta.
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Facilite o trabalho: envie seu currículo atualizado, rascunho do Statement of Purpose e uma lista de pontos que gostaria que fossem mencionados.
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Agradeça e mantenha contato: depois de enviada, envie um e-mail de agradecimento genuíno.
Exemplo de mensagem inicial:
“Olá, professora [nome], tudo bem? Estou me candidatando ao mestrado em [área] na [universidade] e pensei na senhora como possível recomendante, já que acompanhei seu curso de [disciplina] e desenvolvi [projeto X]. Poderia escrever uma carta destacando minha dedicação e habilidades analíticas? Posso enviar mais informações sobre o programa para facilitar.”
Esse tipo de mensagem é simples, respeitosa e ajuda o recomendante a personalizar a carta.
Como as cartas são enviadas
A maioria das universidades internacionais usa sistemas online, como o CommonApp, ApplyWeb ou portais próprios. O candidato cadastra o e-mail dos recomendantes, e o sistema envia um link direto para o envio da carta — ou para o preenchimento de um formulário.
Importante: nunca envie você mesmo a carta, a menos que a universidade permita. O envio direto pelo recomendante dá mais credibilidade e evita suspeitas de manipulação.
Dicas para garantir cartas fortes
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Peça a pessoas que realmente conhecem sua trajetória.
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Ofereça exemplos concretos do seu trabalho para ajudar o autor.
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Varie o foco das cartas (uma sobre pesquisa, outra sobre liderança, por exemplo).
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Evite textos genéricos — autenticidade pesa mais do que linguagem rebuscada.
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Revise prazos e certifique-se de que todas as cartas foram enviadas corretamente.
Como avaliar se suas cartas estão boas
Mesmo que você não leia o conteúdo (algumas universidades proíbem), observe sinais indiretos:
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O recomendante aceitou prontamente e mostrou entusiasmo.
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Pediu seu currículo e informações sobre o curso (sinal de comprometimento).
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Cumpriu o prazo e confirmou o envio.
Esses indícios geralmente apontam que a carta foi escrita com cuidado.
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