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Escolher o certificado de espanhol certo faz diferença — tanto na hora de entrar numa universidade quanto ao comprovar nível para uma vaga ou processo de imigração.
Neste artigo explicamos de forma direta e prática os exames mais relevantes no mercado hispânico, destacamos vantagens e limitações de cada um e entregamos um roteiro para você tomar a decisão sem erro.
O que você vai aprender:
- Quais são os principais certificados de proficiência em espanhol e quem os emite.
- Diferenças práticas entre DELE, SIELE, CELU e telc (formato, validade, níveis, reconhecimento).
- Para que cada certificado costuma ser mais indicado (universidade, trabalho, imigração).
- Critérios objetivos para escolher o exame ideal segundo seu objetivo.
- Plano prático de preparação e checklist com passos concretos antes da inscrição.
Panorama rápido dos principais certificados
DELE — Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira
O que é / quem emite: exame oficial vinculado ao Instituto Cervantes e ao Ministério da Educação da Espanha, com correção via universidades parceiras.
Níveis: A1 → C2 (quadro CEFR).
Formato: provas por sessão (escrita + oral + comprensão), tradicionalmente organizadas em centros de exame; sessões com calendário fixo ao longo do ano.
Validade: diploma com validade permanente (não precisa renovar).
Tempo para resultado: tipicamente os resultados são publicados ~2–3 meses após a prova.
Indicado para: quem precisa de um certificado estável para uso acadêmico de longo prazo, validação de créditos, concursos, processos de emprego que exijam prova oficial.
Prós: alta aceitação internacional; validade vitalícia; níveis bem estabelecidos.
Contras: prazos de resultado mais longos; calendário de provas pode ser menos flexível.
SIELE — Serviço Internacional de Avaliação da Língua Espanhola
O que é / quem emite: exame digital promovido por consórcio liderado pelo Instituto Cervantes e universidades latino-americanas/espanholas.
Níveis: resultado entregue com equivalência CEFR (A1–C1/C2 dependendo da pontuação); existe opção global (todas as áreas) ou módulos independentes.
Formato: totalmente digital; uso de tarefas computadorizadas, possibilidade de fazer módulos separados.
Validade: certificado com validade geralmente de 5 anos.
Tempo para resultado: resultado rápido (normalmente semanas — relatórios costumam sair em até 3 semanas em muitos centros).
Indicado para: quem precisa comprovar o nível em curto prazo, processos seletivos com prazos apertados ou prefere formato 100% digital.
Prós: flexibilidade de datas e módulos; resultado rápido; formato moderno.
Contras: validade limitada (útil para necessidades imediatas, menos ideal se precisar de prova permanente).
CELU — Certificado de Español: Lengua y Uso (Argentina)
O que é / quem emite: certificado criado e reconhecido oficialmente pela Argentina (Ministério da Educação e Ministério de Relações Exteriores), com reconhecimento em várias universidades da região; voltado para avaliar uso real da língua em contextos acadêmicos e profissionais.
Níveis: tipicamente categorias “intermediate / advanced” (equivalência com CEFR pode variar por interpretação).
Formato: provas combinadas (escrita + oral), realizadas em datas específicas durante o ano (várias convocações anuais).
Validade: geralmente considerado certificado com validade permanente (não requer renovação para certificação).
Indicado para: quem pretende estudar ou trabalhar na Argentina ou em instituições que reconheçam o CELU; também útil para quem busca foco em variedades do espanhol sul-americano.
Prós: reconhecimento oficial argentino; foco prático em comunicação real.
Contras: menor penetração fora da América do Sul em comparação com DELE/SIELE; datas e centros podem ser mais limitados.
telc (Spanish) — The European Language Certificates
O que é / quem emite: organismo europeu que oferece exames em várias línguas, inclusive espanhol; exames alinhados ao CEFR.
Níveis: normalmente A1 → B2 (dependendo do país e da oferta).
Formato: provas presenciais (comunicação integrada: leitura, escrita, audição e fala).
Validade: normalmente considerada estável (usada na UE para fins formais).
Indicado para: quem busca certificação aceita na Europa ou quer um exame com estrutura comunicativa padronizada pela UE.
Prós: reconhecimento europeu; formatos pensados para aplicabilidade prática.
Contras: oferta de níveis mais limitada (em alguns países não há C1/C2 telc em espanhol).
Comparação prática (resumo por critério)
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Reconhecimento global: DELE e SIELE (ampla aceitação); TELC forte na Europa; CELU forte na região da Argentina/América do Sul.
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Validade do certificado: DELE e CELU tendem a ser permanentes; SIELE costuma ter validade limitada (≈5 anos).
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Formato e disponibilidade: DELE — sessões fixas (presencial); SIELE — digital e modular; CELU — convocações periódicas; telc — centros europeus.
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Tempo para resultado: SIELE costuma ser mais rápido (semanas); DELE é mais lento (≈2–3 meses).
Como escolher: critérios objetivos (passo a passo)
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Objetivo final: universidade? vaga de emprego? processo de imigração? Se precisa de prova permanente (ex.: progressão acadêmica), prefira DELE/CELU. Se precisa de resposta rápida, avalie SIELE.
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Reconhecimento geográfico: verifique a exigência da instituição/empresa (ex.: universidades espanholas costumam aceitar DELE e SIELE; universidades argentinas podem pedir CELU).
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Formato que você prefere: digital (SIELE) x presencial (DELE, CELU, telc). Se você performa melhor em computador, SIELE pode ser vantagem.
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Tempo e validade: precisa do certificado para um processo imediato? priorize SIELE. Precisa de validade permanente? prefira DELE/CELU.
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Nível desejado: verifique quais níveis o exame oferece oficialmente no local onde pretende usar (telc, por exemplo, foca A1–B2 em muitos países).
Checklist prático antes de se inscrever
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Confirme com a instituição (universidade/empresa) quais certificados eles aceitam.
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Decida o nível CEFR que precisa comprovar (A2, B1, B2, C1, C2).
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Verifique datas e prazos de inscrição no centro oficial mais próximo.
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Confira formato (papel vs computador) e adapte seu treino.
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Reserve tempo para simulações completas do exame (pelo menos 4–8 semanas de prática focalizada).
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Planeje logística: centro de prova, documentos, custos e seguro (se necessário).
Dicas de preparação (prático e aplicável)
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Faça exames modelados: realize simulados com tempo cronometrado para cada seção.
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Foque em produção oral: grave-se, peça feedback de falantes nativos e pratique com temas recorrentes de prova.
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Leitura e audição ativas: use artigos de jornais, podcasts e vídeos no ritmo do exame.
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Treine escrita com critérios de correção similares ao exame (estrutura, coerência, vocabulário).
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Use materiais oficiais do exame escolhido — eles refletem formato e nível de exigência.
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Se a prova for presencial, treine também a gestão do tempo em sala (ex.: transições entre seções).
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