Tempo de leitura: 10 minutos

Muita gente se joga na aventura de estudar fora guiada por impulsos, modismos ou aquela inveja boa dos “intercambistas perfeitos” das redes sociais.

Mas a verdade é que, ao escolher o país do seu intercâmbio, você está definindo muito mais do que o cenário das suas fotos: está decidindo o idioma que vai dominar, as oportunidades de bolsa e trabalho que terá acesso, o quanto vai gastar (ou economizar), o estilo de vida, sua rede de contatos e até as portas que podem se abrir depois do retorno ao Brasil.

Por isso, essa escolha precisa ser mais racional e estratégica do que “só seguir o fluxo”.

Escolher um país incompatível com seus objetivos, orçamento, valores ou até seu perfil psicológico pode transformar o sonho em pesadelo — por isso, neste guia, você vai aprender a trilhar um caminho de autoconhecimento, pesquisa de qualidade, comparação e análise realista, sem fórmulas mágicas ou atalhos arriscados.

O que você vai aprender:

1. Comece Pelo Autoconhecimento: Entenda Seus Objetivos e Limites

Antes de pensar em passaporte, rankings ou vistos, o primeiro passo para uma decisão inteligente é mergulhar em você mesmo.

Por que você quer fazer intercâmbio? Seu foco é dominar um novo idioma? Ter um diploma internacional reconhecido? Conquistar experiência profissional? Fomentar networking global? Ou viver uma imersão cultural profunda?

O erro mais comum é copiar os sonhos dos outros, sem saber se eles combinam com sua própria trajetória.

Coloque no papel:

Quanto mais honesto e detalhado for esse diagnóstico, mais fácil será descartar opções que não fazem sentido para sua realidade — e evitar frustrações futuras.

2. O Peso do Idioma: Mais do Que Só "Falar Inglês"

É comum associar intercâmbio a países de língua inglesa, mas o mundo é muito maior que EUA, Canadá, Reino Unido e Austrália.

Países como Alemanha, Holanda, França, Hungria, Portugal, Espanha, Coreia do Sul e Japão também têm oportunidades incríveis, inclusive com cursos ministrados em inglês.

Aqui é essencial entender:

Além disso, pensar fora da caixa pode aumentar muito suas chances de bolsa, já que há menos brasileiros competindo por vagas em países “menos óbvios” e a valorização da diversidade é real.

3. Custo de Vida: A Realidade Que Ninguém Mostra no Instagram

O que mais surpreende (e por vezes, desanima) intercambistas é o choque do custo de vida real. Uma cidade universitária alemã pode ser três vezes mais barata do que Paris ou Londres, por exemplo.

Moradia, alimentação, transporte, lazer, seguro saúde, passagens e até material didático variam bastante. Por isso, fuja do erro clássico de só considerar o preço da mensalidade ou da passagem aérea.

Pesquise (em fontes oficiais, fóruns de estudantes, grupos do Facebook, blogs sérios):

Coloque tudo em uma planilha realista e simule diferentes cenários. Vale lembrar: países menos tradicionais muitas vezes oferecem qualidade de vida altíssima e custo baixo — e há muitas opções com bolsas parciais ou integrais.

4. Qualidade de Ensino e Reconhecimento do Diploma: Nem Sempre “Top 10” é Melhor Para Você

Os rankings de universidades são uma boa referência, mas não contam toda a história. Em vez de buscar só as “mais famosas”, foque no que realmente importa para sua trajetória:

Uma universidade “desconhecida” no interior de um país europeu pode oferecer infraestrutura de ponta, custo baixíssimo e experiência mais personalizada do que uma gigante de capital.

5. Cultura, Estilo de Vida e Suporte ao Estrangeiro: Mais Importante Que Você Imagina

Viver em outro país é enfrentar diferenças culturais, choque de valores, alimentação, clima, rotina, leis e regras sociais.

Barreira cultural no intercâmbio: como superar

Por isso, adapte suas expectativas:

Esses fatores têm impacto direto no seu bem-estar e sucesso no intercâmbio, principalmente nos primeiros meses de adaptação.

6. Bolsas, Auxílios e Oportunidades de Trabalho: Multiplicando as Chances

Um erro comum é acreditar que bolsa só existe para “gênio” ou atleta olímpico.

Hoje, muitos países, universidades e fundações oferecem editais para diferentes perfis: estudantes de escola pública, minorias, liderança comunitária, voluntariado, esportes, artes, ciência, áreas estratégicas, projetos sociais, mulheres na ciência, etc.

Além disso, há opções de bolsas parciais, auxílio-moradia, descontos em alimentação, passagens e transporte.
Avalie:

Não subestime a importância do planejamento financeiro e da pesquisa aprofundada sobre todos os auxílios possíveis.

7. Pesquise a Fundo, Compare e Fale com Quem Viveu a Experiência

Nenhum site oficial substitui o relato de quem já passou pelo que você pretende viver.

Entre em contato com ex-intercambistas (de preferência brasileiros) por grupos de Facebook, LinkedIn, fóruns ou mesmo lives no Instagram/YouTube.

Pergunte sobre desafios, rotina, pontos positivos e negativos, burocracias, custos, clima, racismo/xenofobia, mercado de trabalho e adaptação.

Monte um comparativo realista entre seus destinos finalistas, listando prós e contras — e não tenha medo de descartar um país se algo não combinar com seu perfil ou expectativas.

8. Crie Sua Shortlist e Planeje a Candidatura

Depois de toda essa pesquisa, reduza sua lista para 2 ou 3 países (e respectivas universidades/cursos) que fazem sentido para seu momento.

Foque nos editais, documentos e prazos, monte um checklist e comece a se preparar — do idioma ao portfólio, das cartas de motivação ao histórico escolar.

Estude os processos de candidatura: cada país tem sua burocracia, exigências, prazos e cultura de seleção. Prepare-se para personalizar seu material para cada destino e esteja aberto a adaptar seu plano conforme as respostas vierem.

*Condição válida somente para as matrículas da turma de junho de 2025.

O que ninguém te conta sobre a escolha do país do intercâmbio

Você vai sentir dúvida até o último momento — e isso é normal. O medo de errar faz parte, mas a escolha bem feita é aquela que parte do autoconhecimento, da pesquisa, da clareza de objetivos e da honestidade consigo mesmo.

Não existe país perfeito, mas existe o país ideal para você neste momento da sua vida. Além disso, saber pedir ajuda e contar com orientação de quem já percorreu esse caminho pode economizar meses (e até anos) de indecisão ou arrependimento.

Descubra o programa de intercâmbio perfeito para você

A escolha do país ideal para o intercâmbio é uma das decisões mais estratégicas da sua vida — e quanto mais informação, clareza e apoio você tiver, maiores são as chances de transformar o sonho em realidade.

Ao longo deste guia, você viu que planejamento, autoconhecimento e pesquisa inteligente valem mais do que qualquer fórmula pronta.

Se você quer receber um diagnóstico personalizado, entender quais países e bolsas têm mais a ver com seu perfil, seus objetivos e sua realidade, você precisa estar na próxima turma da Escola M60, a maior escola preparatória do Brasil para intercâmbios.

Nela, você tem acesso a ferramentas exclusivas, conteúdos sempre atualizados e o suporte de diversos mentores para te ajudar a criar a estratégia de aplicação perfeita para o seu perfil e objetivos!

Além de aulas gravadas, você também terá aulas ao vivo, buscador de bolsas abertas, acesso à nossa IA focada em intercâmbios, simuladores de provas internacionais, revisão de documentos, e ainda fará parte da Comunidade M60, um espaço reservado para trocas e interações entre alunos e ex-alunos que já foram para fora.

Quer se juntar a nós? Clique no botão abaixo e faça agora seu Teste de Perfil*.

Eu quero me preparar com a M60

*Ele funciona como um filtro para selecionar aqueles que estão realmente dispostos a realizarem o sonho de ir para o exterior.


Foto de capa por Adolfo Félix na Unsplash