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Muitas bolsas internacionais exigem que o candidato comprove sua renda — seja para avaliar a real necessidade financeira ou para garantir que ele poderá se manter no país durante os estudos. Essa etapa costuma gerar dúvidas, especialmente para quem não tem um histórico financeiro formalizado ou nunca participou de um processo seletivo internacional.
Neste guia, vamos explicar de forma detalhada como funciona o processo de comprovação de renda para bolsas internacionais, quais documentos são aceitos, como se preparar e quais erros evitar. A ideia é que, ao final, você saiba exatamente o que apresentar e como aumentar suas chances de aprovação.
O que você vai aprender:
- O que é a comprovação de renda em processos de bolsas internacionais
- Tipos de bolsas que exigem comprovação financeira
- Documentos mais aceitos e como organizá-los
- Erros comuns que podem fazer você perder a bolsa
- Estratégias para candidatos com renda informal ou baixa
O que é a comprovação de renda
A comprovação de renda é uma etapa na qual o candidato apresenta documentos que atestam sua situação financeira. Dependendo do tipo de bolsa, isso pode servir para dois propósitos:
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Critério de seleção – em bolsas need-based (baseadas em necessidade financeira), o comitê precisa verificar se o candidato realmente necessita do auxílio para estudar.
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Garantia de sustento – mesmo em bolsas parciais ou integrais, algumas universidades exigem prova de que o aluno terá condições de cobrir custos adicionais, como moradia, alimentação e transporte.
Tipos de bolsas que pedem comprovação de renda
Nem todas as bolsas solicitam esse requisito. No entanto, ele é comum nos seguintes casos:
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Bolsas baseadas em necessidade financeira (need-based scholarships)
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Auxílios complementares (para moradia, transporte ou alimentação)
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Bolsas governamentais que usam critérios socioeconômicos (ex.: Chevening, Eiffel Need-Based, algumas Fulbright)
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Bolsas integrais para países com custo de vida alto, que precisam garantir que o aluno não ficará desamparado
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Processos de visto estudantil que exigem prova de recursos financeiros
Documentos mais aceitos para comprovar renda
Cada programa pode exigir formatos diferentes, mas, em geral, os seguintes documentos costumam ser aceitos:
1. Contracheques ou holerites
Comprovam vínculo empregatício e salário fixo.
Dica: Envie os últimos 3 a 6 meses, conforme solicitado.
2. Declaração de imposto de renda
Muito valorizada por universidades, pois mostra a renda anual total e bens do candidato ou da família.
3. Extratos bancários
Podem demonstrar movimentação financeira, saldo disponível e depósitos recorrentes.
Atenção: Organize em ordem cronológica e destaque entradas relevantes.
4. Declaração de bolsa ou benefício
Se você já recebe algum auxílio (ex.: ProUni, auxílio de pesquisa), isso pode comprovar sua situação.
5. Declaração de autônomo ou MEI
Para quem tem renda informal, é possível apresentar declaração feita por contador ou autodeclaração acompanhada de extratos bancários.
6. Carta explicativa (financial statement)
Documento no qual o candidato detalha sua situação financeira, despesas e necessidades. Em alguns casos, deve ser assinada e autenticada.
Como organizar a documentação
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Leia atentamente o edital da bolsa – cada programa tem formatos, idiomas e prazos específicos.
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Digitalize tudo em alta qualidade – documentos borrados ou ilegíveis podem invalidar sua candidatura.
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Traduza documentos, se necessário – use tradução juramentada quando exigido.
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Agrupe por categoria – salário, extratos, impostos, benefícios.
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Revise antes de enviar – garanta que as datas, nomes e valores estejam corretos.
Erros comuns que fazem candidatos perderem a bolsa
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Enviar documentos incompletos ou fora do prazo.
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Apresentar valores incompatíveis entre os documentos.
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Não converter moedas ou não explicar valores (ex.: salário em reais sem conversão para dólar/euro).
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Enviar apenas parte do histórico financeiro solicitado.
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Ignorar a exigência de tradução para o idioma da universidade.
Estratégias para quem tem renda informal ou baixa
Muitos brasileiros desistem de candidaturas internacionais por acharem que não têm como comprovar renda. Isso é um mito. Veja alternativas:
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Use extratos bancários de 6 a 12 meses para mostrar movimentações constantes.
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Solicite uma declaração de renda feita por contador, mesmo que não tenha empresa aberta.
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Inclua cartas de referência de clientes ou empregadores informais.
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Adicione informações sobre projetos voluntários ou bolsas anteriores que comprovem comprometimento e responsabilidade.
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A comprovação de renda é uma das etapas mais temidas em processos de bolsas internacionais, mas, com organização e estratégia, é possível atender às exigências sem comprometer suas chances de aprovação — mesmo que sua renda seja informal ou limitada.
Bolsas que avaliam necessidade financeira querem identificar alunos comprometidos e com potencial, não apenas quem tem maior poder aquisitivo.
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Foto de capa por Stephen Phillips - Hostreviews.co.uk na Unsplash