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Quem está aprendendo inglês geralmente se depara com uma dúvida clássica: “devo estudar o inglês britânico ou o americano?”. À primeira vista, pode parecer que a diferença está só no sotaque — mas, na verdade, o buraco é mais embaixo.
As variações entre as duas versões da língua vão muito além da pronúncia: atingem o vocabulário, a ortografia, a gramática e até a forma como as pessoas se comunicam no dia a dia.
Neste artigo, vamos mostrar as principais diferenças entre o inglês britânico e o americano que quase ninguém comenta — e que podem fazer toda a diferença quando você for estudar, trabalhar ou morar em um país de língua inglesa.
O que você vai aprender:
- As principais diferenças de vocabulário entre o inglês britânico e o americano
- Como a escrita muda de um país para o outro
- Diferenças sutis na gramática e no uso de tempos verbais
- Curiosidades sobre sotaque, expressões e cultura
1. Diferenças de vocabulário: “chips”, “crisps” e outras confusões
O vocabulário é o ponto em que as diferenças mais aparecem — e onde mais acontecem confusões. Palavras comuns nos Estados Unidos podem ter outro significado (ou nem existir) no Reino Unido, e vice-versa.
Por exemplo:
-
Biscoito: no Reino Unido é biscuit, mas nos EUA é cookie.
-
Batata frita: para os britânicos é chips, enquanto para os americanos é fries.
-
Apartamento: flat no Reino Unido e apartment nos EUA.
-
Elevador: lift (britânico) e elevator (americano).
-
Gasolina: petrol (britânico) e gas (americano).
Essas diferenças surgiram ao longo do tempo porque o inglês se adaptou ao contexto de cada país. Nos EUA, a língua foi influenciada por imigrantes europeus, enquanto no Reino Unido ela manteve traços mais tradicionais.
2. Ortografia: o mesmo inglês, mas com letras diferentes
Outra diferença marcante está na forma de escrever. O inglês americano simplificou a ortografia de muitas palavras que, no inglês britânico, mantêm grafias mais antigas.
Veja alguns exemplos:
-
Colour (britânico) → Color (americano)
-
Favour → Favor
-
Centre → Center
-
Realise → Realize
-
Travelling → Traveling
Essas mudanças começaram no século XIX, quando o linguista americano Noah Webster quis tornar o inglês mais “lógico” e prático. Foi ele quem propôs simplificar grafias, eliminar letras desnecessárias e padronizar a língua nos Estados Unidos — e essa herança se mantém até hoje.
3. Gramática e tempos verbais: pequenas diferenças, grandes confusões
Embora a base gramatical seja a mesma, há usos que variam entre os dois tipos de inglês.
Por exemplo:
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Presente perfeito: os britânicos o usam com mais frequência.
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🇬🇧 I’ve just eaten.
-
🇺🇸 I just ate.
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Coletivos: no Reino Unido, substantivos coletivos podem ser usados no plural.
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🇬🇧 The team are winning.
-
🇺🇸 The team is winning.
-
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Preposições e tempos verbais:
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🇬🇧 At the weekend
-
🇺🇸 On the weekend
-
São detalhes que, embora não atrapalhem a comunicação, soam mais naturais dependendo do contexto e do país.
4. Pronúncia e sotaque: uma viagem dentro do próprio inglês
A diferença de pronúncia é, talvez, a mais perceptível. O inglês americano tende a ser mais “aberto” e direto, enquanto o britânico é conhecido por sua musicalidade e ênfase em sons mais fechados.
Um exemplo clássico é o som do “r”:
-
No inglês americano, ele é pronunciado com força (car, hard).
-
No britânico, costuma ser mais suave ou até omitido (cah, hahd).
Além disso, há dezenas de sotaques regionais dentro de cada país. O britânico de Londres é bem diferente do de Manchester ou da Escócia, assim como o americano de Nova York não soa igual ao do Texas ou da Califórnia.
5. Cultura e contexto: a língua também reflete o jeito de viver
O idioma carrega a cultura de quem o fala — e isso se reflete até em expressões e formas de se comunicar.
No Reino Unido, é comum o uso de frases mais polidas e formais, como:
-
Would you mind if I...?
Já nos Estados Unidos, o inglês tende a ser mais direto e informal: -
Can I...?
Essas nuances mostram que o inglês vai muito além da gramática: ele expressa a maneira como cada sociedade se relaciona e se comunica.
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