O que não colocar na sua carta de motivação internacional

Tempo de leitura: 9 minutos

A carta de motivação é, muitas vezes, o coração do seu application para universidades internacionais ou programas de intercâmbio. É nela que você mostra quem você é além das notas e documentos formais, revelando sua motivação, visão de futuro e capacidade de contribuição.

Por isso, cometer erros nesse documento pode significar a eliminação imediata, mesmo que seu histórico acadêmico seja excelente. Neste artigo, vamos explorar o que nunca deve ser colocado em uma carta de motivação e como você pode evitar armadilhas que tiram a força da sua candidatura.

O que você vai aprender:

• A importância da carta de motivação no processo seletivo
• Os principais erros que eliminam candidatos
• Exemplos do que não escrever de jeito nenhum
• Como transformar suas experiências em pontos fortes
• Dicas práticas para escrever uma carta autêntica e convincente

1. Frases genéricas e clichês

Um dos maiores erros é escrever frases prontas que poderiam estar na carta de qualquer candidato. Exemplos:

• “Sempre sonhei em estudar no exterior.”

• “Quero ser o melhor da minha área.”

• “Tenho paixão por aprender coisas novas.”

Essas frases não dizem nada sobre você especificamente. O comitê de seleção busca autenticidade e evidências concretas da sua trajetória.

2. Informações irrelevantes

Sua carta não é um resumo de toda a sua vida. Evite incluir detalhes que não têm relação com o curso ou a bolsa, como hobbies aleatórios sem conexão com sua formação ou experiências muito distantes do objetivo.

Por exemplo: falar longamente sobre gostar de videogames ou de passear com cachorros não agrega valor, a menos que tenha relação com seu projeto acadêmico ou profissional.

3. Excesso de informalidade

Por mais que a carta seja pessoal, ela precisa manter tom acadêmico e profissional. Gírias, abreviações ou linguagem coloquial demais passam a impressão de falta de seriedade. Frases como “esse programa vai ser top na minha carreira” ou “sempre fui um nerd das boas vibes” prejudicam sua credibilidade.

4. Exagero e autopromoção sem base

Outro erro comum é se colocar como “o melhor” sem apresentar provas. Frases como:

• “Sou o candidato mais preparado.”

• “Ninguém tem tanta dedicação quanto eu.”

Sem evidências, isso soa arrogante. O ideal é mostrar suas conquistas de forma objetiva: medalhas, pesquisas publicadas, projetos sociais ou reconhecimento acadêmico.

5. Foco apenas no benefício pessoal

Universidades internacionais buscam candidatos que também tragam impacto para a comunidade. Se sua carta fala apenas sobre “como o programa vai me ajudar a conseguir um bom emprego” e não mostra como você contribuirá de volta, sua candidatura perde pontos.

Sempre destaque como seus objetivos pessoais se conectam com o impacto social ou acadêmico que você pode gerar.

6. Falta de clareza no projeto ou nos objetivos

Não adianta dizer que você “quer crescer na carreira” sem explicar em qual área, por quê e como pretende aplicar o aprendizado. Cartas vagas não convencem.

Um bom candidato mostra que tem clareza de propósito: objetivos de curto, médio e longo prazo, conectados com a oportunidade oferecida.

7. Erros de gramática e ortografia

Pode parecer óbvio, mas cartas com erros gramaticais ou ortográficos passam a imagem de descuido. Em programas internacionais, isso pode ser ainda mais grave se ocorrer em inglês, francês, alemão ou outra língua exigida.

Revisar várias vezes e, se possível, pedir para alguém corrigir, é fundamental para evitar esse tipo de erro.

Exemplos de frases que eliminam candidatos

• “Preciso dessa bolsa porque minha família não tem condições financeiras.” (apesar de ser uma realidade válida, a forma como você apresenta deve ser estratégica, conectando necessidade com mérito).

• “Não sei bem ainda o que quero fazer, mas esse curso parece interessante.”

• “Quero conhecer um país novo e viajar bastante.”

Esses exemplos mostram falta de preparo, clareza e foco acadêmico, o que pode comprometer sua aprovação.

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A carta de motivação pode ser a sua maior aliada — ou sua maior inimiga — no processo de aplicação internacional. Evitar clichês, irrelevâncias, exageros e erros básicos é essencial para transmitir confiança e autenticidade.

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Foto de capa por Kelly Sikkema na Unsplash