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Conseguir um internship internacional pode parecer complexo, mas é uma das maneiras mais rápidas de ganhar experiência prática, melhorar seu idioma e construir networking global.
Este guia foi feito para quem está começando do zero e também para quem já tem alguma experiência, com passos claros — do planejamento à chegada — e dicas práticas para aumentar suas chances de sucesso e aproveitar a experiência ao máximo.
O que você vai aprender:
- O que é um internship internacional e tipos de programas disponíveis
- Como escolher o destino e montar um cronograma realista
- Onde procurar vagas e como adaptar seu CV e carta de apresentação
- Como se preparar para entrevistas e testes técnicos
- Requisitos legais, vistos e cuidados com contrato e remuneração
- Como planejar orçamento, moradia e seguro saúde
- Dicas para extrair o máximo do estágio e transformar em oportunidade de carreira
O que é um internship?
Um internship internacional (estágio no exterior) é uma posição temporária em que o estudante ou recém-formado trabalha em uma empresa, laboratório ou organização fora do seu país de origem. Pode ser remunerado, com bolsa (stipend), ou não remunerado.
Tem caráter formativo: você aplica conhecimentos em atividades reais, recebe supervisão e, muitas vezes, participa de projetos com responsabilidades concretas.
Tipos de internships
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Summer internship / estágio de férias: 6–12 semanas, ideal para quem tem disponibilidade só no recesso.
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Co-op / estágio integrado: parte do currículo universitário, pode ser remunerado e ter duração semestral.
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Research internship: em laboratórios/universidades, focado em pesquisa científica.
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Internship em startup / indústria: hands-on, geralmente com responsabilidades amplas.
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Internship remoto (virtual): trabalho à distância — mais flexível, porém com desafios de fuso e networking.
Quem pode se candidatar?
Estudantes de graduação e pós-graduação, recém-formados e, em alguns casos, profissionais em início de carreira. Requisitos típicos:
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Estar matriculado (em alguns programas) ou ter se formado recentemente.
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Nível mínimo de idioma (inglês ou idioma local) conforme a vaga.
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Portfólio ou evidências de projetos relevantes para vagas técnicas/criativas.
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Elegibilidade para visto/trabalho conforme país.
Onde procurar vagas
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LinkedIn: pesquisa por companies + filtros de estágio.
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Sites das empresas: seção “careers/internships”.
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Plataformas de universidades: Handshake, Symplicity (quando você tem vínculo universitário).
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Portais regionais: Indeed, Glassdoor, GoinGlobal (países específicos).
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Redes acadêmicas: contatos de professores, centros de carreira e feiras.
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Programas governamentais e ONG: bolsas de pesquisa, summer schools e programas de intercâmbio.
Como preparar CV e carta de apresentação
CV (resumido e direcionado):
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1–2 páginas (preferencialmente 1, a não ser que a área exija portfolio extenso).
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Destaque resultados (quantifique quando possível: “aumentei X%…”, “projeto com N usuários…”).
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Se for área técnica, inclua links: GitHub, portfolio, Kaggle.
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Adapte palavras-chave da descrição da vaga.
Carta de apresentação:
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Curta (máx. 300–400 palavras).
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Comece explicando por que você quer aquela vaga/empresa.
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Mostre encaixe entre suas habilidades e o projeto da empresa.
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Termine com chamada à ação: disponibilidade para entrevista/mostra de trabalhos.
Dicas: peça revisão por um nativo ou mentor; tenha versões em inglês e no idioma local, se necessário.
Portfólio e provas de habilidade
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Para design, cinema, marketing: portfolio online (Behance, personal site).
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Para TI: repositórios públicos no GitHub com readme clara e projetos replicáveis.
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Para pesquisa: lista de trabalhos, posters, contribuições em laboratório.
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Para comunicação/negócios: apresentações, campanhas, métricas alcançadas.
Entrevistas: como se preparar
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Tipos: triagem por vídeo, entrevistas técnicas, entrevistas comportamentais, case interviews.
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Estruture respostas com STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado).
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Perguntas comuns: “Por que quer estagiar aqui?”, “Conte um projeto em que liderou”, “Como resolve conflitos?”
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Para vagas técnicas: revise algoritmos, lógica e exercícios práticos; pratique em plataformas como LeetCode (se TI).
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Simulações: treine com mentor, colega ou utilize recursos da sua universidade.
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Apresentação: câmera, luz, roupa neutra, fundo limpo para entrevistas online.
Vistos, contratos e questões legais
Verifique a necessidade de visto/autorizações antes de aceitar a oferta. Regras variam muito por país e por tipo de internship.
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Contrato: confirme duração, salário/benefícios, seguro, responsabilidades e confidencialidade.
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Remuneração: pode ser salário, bolsa (stipend), ajuda de custo ou não remunerado — confirme impostos e obrigações trabalhistas.
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Seguro saúde: algumas empresas oferecem; quando não, contrate um seguro internacional.
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Direitos trabalhistas: informe-se sobre jornada máxima, folgas e proteção laboral no país anfitrião.
Importante: consulte sempre fontes oficiais do consulado/embaixada do país ou o escritório internacional da sua universidade para requisitos de visto e trabalho.
Orçamento e custo de vida
Monte um orçamento realista incluindo:
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Passagem aérea (pesquise com antecedência).
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Moradia (aluguel, residência universitária, homestay).
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Alimentação e transporte local.
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Seguro saúde e despesas médicas.
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Taxas e impostos locais (se houver remuneração).
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Reserva para imprevistos (mínimo 10% do total).
Dica: em cidades grandes, acomodações compartilhadas reduzem custos; procure bolsas, auxílios da universidade ou auxílios locais.
Moradia e logística
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Opções: residência estudantil, quarto compartilhado (flatshare), homestay, acolhimento pela empresa.
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Procure grupos locais no Facebook/WhatsApp para aluguéis e dicas.
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Verifique contrato de aluguel antes de pagar (condições de depósito, duração, regras).
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Chegue alguns dias antes para se ambientar e resolver questões práticas.
Segurança, saúde e bem-estar
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Contrate seguro com cobertura internacional para acidentes, repatriação e cancelamento.
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Informe familiares sobre sua rota e dados de contato locais.
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Respeite costumes locais; pesquise códigos de conduta no ambiente de trabalho.
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Cuide da saúde mental: intercâmbio pode ser intenso; busque suporte quando precisar.
Como aproveitar o estágio ao máximo
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Entregue resultados concretos: proponha métricas e metas para suas tarefas.
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Peça feedback regular: mostre que quer evoluir.
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Registre aprendizados: mantenha um diário de atividades e conquistas.
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Networking: conecte-se com colegas, participe de reuniões, eventos e lunches.
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Mentoria: busque um mentor interno que oriente sua trajetória.
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Crie um projeto final: algo que possa mostrar em futuras candidaturas.
Transformando internship em oportunidade de carreira
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Mostre impacto: documente resultados e apresente ao supervisor.
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Pergunte sobre vagas internas ou processos de hiring para juniores.
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Solicite carta de recomendação ao final do estágio.
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Mantenha contato com equipe e ex-colegas no LinkedIn.
Cronograma de exemplo em 6 meses
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Mês 1–2: pesquisa de vagas, atualização de CV, networking.
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Mês 3: candidaturas em massa e preparação para testes.
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Mês 4: entrevistas e follow-ups.
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Mês 5: negociação de condições, início de processos de visto.
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Mês 6: logística final, compra de passagem, chegada e onboarding.
Recursos úteis
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LinkedIn, Glassdoor, Indeed, Handshake
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Plataformas de estágio regionais e sites oficiais de universidades
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Portfolios: GitHub, Behance, personal websites
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Comunidades: grupos de ex-alunos, fóruns de intercâmbio
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Foto de capa por Annie Spratt na Unsplash