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Universidade internacional, intercâmbio, visto e bolsas: o que você precisa saber antes de entrar. Planejar uma entrada para estudar fora envolve mais do que escolher a faculdade certa — exige calendário, documentos, preparo financeiro e uma boa estratégia para a aplicação.
Este guia completo reúne os passos práticos e as decisões que normalmente confundem quem quer estudar no exterior, organizados em uma sequência lógica para você aplicar com mais segurança e menos improviso.
O que você vai aprender:
- Quando começar a se preparar (cronograma prático)
- Documentos e comprovações exigidas em candidaturas internacionais
- Testes de proficiência e exames padronizados mais comuns
- Como planejar financeiramente: taxas, custo de vida e bolsas
- Processo de visto e requisitos de imigração básicos
- Acomodação, seguro saúde e outros arranjos logísticos
- Créditos, reconhecimento curricular e validação de disciplinas
- Direitos de trabalho como estudante e oportunidades de estágio
- Dicas de adaptação cultural, acadêmica e social no exterior
1. Quando começar: cronograma realista
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18–12 meses antes (melhor caso): pesquisa de universidades, definição de áreas, início dos preparativos para provas (TOEFL/IELTS/SAT/GRE/GMAT), contato com professores para cartas de recomendação.
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12–6 meses antes: elaboração de essays/statement of purpose, revisão do currículo para o padrão internacional, tradução e legalização de documentos (quando necessário), aplicação a bolsas e submissão de candidaturas.
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6–3 meses antes: acompanhamento de respostas, preparação para entrevistas, planejamento logístico (passagens, seguro, moradia).
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3–0 meses antes: solicitação de visto, pagamento de taxas iniciais, organização de cheques financeiros, comprar seguro, consolidar moradia.
Começar cedo abre espaço para refazer testes caso necessário, procurar mais bolsas e evitar decisões apressadas.
2. Documentos obrigatórios e como organizá-los
Documentos típicos exigidos em candidaturas internacionais:
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Histórico escolar/universitário (traduzido e, em muitos casos, apostilado ou autenticado).
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Diploma (quando aplicável) e certificados de conclusão.
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Curriculum vitae no formato internacional (conciso, com experiências relevantes).
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Cartas de recomendação (de professores ou empregadores que conheçam seu trabalho).
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Statement of purpose / personal statement / motivation letter (redação que explica objetivos e fit com o curso).
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Portfólio (para áreas como artes, arquitetura, design).
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Provas de proficiência (TOEFL, IELTS, Duolingo, etc.) quando exigidas.
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Documentos de identidade e passaporte com validade adequada.
Organização prática: crie uma pasta digital e outra física; nomeie arquivos com padrões (ex.: CPF_Histórico_Nome.pdf ou Transcript_Nome_Universidade.pdf). Isso facilita o envio e futuras verificações.
3. Testes e exames: quais são e quando fazer
Os exames variam conforme curso e país, mas os mais comuns:
Provas de proficiência em inglês
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TOEFL, IELTS, Duolingo English Test, PTE: verifique qual a universidade aceita e o score mínimo.
Exames acadêmicos padronizados -
Graduação (EUA): SAT, ACT.
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Mestrado/PhD: GRE (ciências e engenharia) e GMAT (business).
Dicas:
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Faça um diagnóstico inicial para escolher o teste mais adequado.
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Reserve tempo para 1–2 tentativas, especialmente para GRE/GMAT/SAT, já que preparar e aumentar pontuação pode levar meses.
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Se a universidade aceita múltiplos testes, escolha a opção com a qual você tem maior chance de atingir a pontuação.
4. Financiamento e orçamento: o que considerar
Planejar custo total inclui mais do que mensalidades. Considere:
Custos diretos
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Tuition fees (mensalidade/ano letivo) — varia muito por país e curso.
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Taxas de aplicação e matrícula.
Custos de vida
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Moradia (residência universitária, república, apartamento).
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Alimentação, transporte local, contas (internet, eletricidade).
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Materiais acadêmicos e eventuais taxas laboratoriais.
Custos únicos
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Passagem aérea, visto, seguro saúde, vacinas e apostilamento/tradução de documentos.
Fontes de financiamento
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Bolsas universitárias (merit-based, need-based).
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Bolsas governamentais e de fundações (Chevening, Fulbright, Erasmus+, etc.).
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Financiamento estudantil e empréstimos privados (avaliar juros e condições).
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Trabalho part-time (dependendo das regras do visto).
Dica prática: faça uma planilha com todos os custos previstos e uma coluna de "fontes" (bolsa, família, trabalho). Isso ajuda a decidir por onde começar a economizar ou aplicar para auxílios.
5. Bolsas e auxílios: onde procurar e como aplicar
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Procure no site da própria universidade (páginas de custos e funding).
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Pesquise agências governamentais e fundações do país de destino.
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Confira programas específicos por área (ex.: bolsas para STEM, bolsas esportivas/artísticas).
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Use buscadores especializados e newsletters de oportunidades.
Como aumentar chances:
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Destaque impacto e plano de carreira no statement of purpose.
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Personalize candidaturas de bolsas mostrando alinhamento com objetivos do programa.
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Prepare boas cartas de recomendação que falem de potencial e resultados concretos.
6. Visto e imigração: passos essenciais
Regras variam por país, mas etapas comuns:
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Receber carta de aceite da universidade.
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Obter comprovante financeiro exigido pelo consulado (possivelmente demonstração de fundos, carta de bolsa ou bank statement).
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Agendar entrevista/solicitação de visto (consulado/embaixada).
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Apresentar seguro saúde e comprovação de alojamento inicial em alguns países.
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Pagar taxas consulares e aguardar processamento.
Prazos: solicite o visto assim que tiver a carta de aceite; em alguns países o processo pode levar semanas a meses. Planeje com folga.
7. Acomodação e logística de chegada
Opções comuns
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Residência universitária (on-campus): prática, segura e ótima para integração inicial.
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Acomodação privada (flat/república): mais autonomia, mas exige contrato e garantias.
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Homestay (família anfitriã): ideal para imersão cultural e suporte inicial.
O que checar antes de fechar
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Inclusão de contas (utilities), regras de cancelamento, distância até a universidade, infraestrutura (internet, lavanderia).
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Se pedir contrato, leia cláusulas sobre depósito de segurança e condições de renovação.
Checklist de chegada
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Registro local (alguns países pedem registro policial/residency permit).
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Abrir conta bancária local.
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Ativar chip de celular e contratar internet fixa, se necessário.
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Fazer seguro saúde complementar, se recomendado.
8. Créditos, validação e impacto na grade curricular
Se pretende aproveitar disciplinas cursadas no exterior:
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Cheque com antecedência a política de credit transfer da sua universidade de origem.
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Solicite e guarde ementas, carga horária e avaliações (transcripts) para facilitar a validação.
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Em programas de convênio, muitas universidades já definem equivalências; em candidaturas independentes, a validação pode ser mais trabalhosa.
9. Trabalho, estágio e direitos do estudante
Regras variam por visto e país:
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Em muitos países, estudantes internacionais podem trabalhar part-time (ex.: 20 horas por semana) durante o período letivo e full-time em férias.
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Estágios curriculares costumam ser permitidos como parte do curso; já estágios não-curriculares dependem do visto.
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Alguns países exigem autorização específica para trabalho (work permit).
Planeje:
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Saiba as regras do seu visto antes de aceitar qualquer trabalho.
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Estágios e experiências profissionais no exterior aumentam muito o valor do seu CV.
10. Saúde, seguro e bem-estar
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Verifique se o sistema de saúde local exige registro em serviço público ou se universidades oferecem planos.
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Contrate seguro saúde internacional que cubra repatriação, acidentes e tratamentos graves — muitas universidades exigem comprovação.
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Cuide da saúde mental: programas de acolhimento e serviços psicológicos costumam estar disponíveis nas melhores instituições.
11. Adaptação cultural e acadêmica
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Expectativas acadêmicas podem ser diferentes (maior ênfase em participação em aulas, autonomia na pesquisa, deadlines rígidos).
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Pratique comunicação assertiva: professores esperam perguntas diretas e iniciativa.
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Construa rede: participe de grupos estudantis, eventos e atividades de integração.
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Aprenda sobre normas sociais e leis locais — isso facilita a convivência e evita mal-entendidos.
12. Dicas finais e checklist pré-embarque
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Tenha cópias digitais e físicas de todos os documentos importantes.
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Leve uma reserva financeira (3 meses de despesas) em conta local ou cartão internacional.
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Faça backups de trabalhos acadêmicos na nuvem.
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Informe-se sobre transporte local na cidade (cartões de estudante com desconto).
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Prepare um plano de comunicação com família (roaming ou chip local).
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Foto de capa por Leslie Gray Photography na Unsplash