O que todo intercambista deveria saber antes de embarcar

Tempo de leitura: 10 minutos

Fazer um intercâmbio é um dos momentos mais marcantes da vida. É quando você deixa sua zona de conforto, atravessa fronteiras e começa a viver uma rotina completamente nova — em outro idioma, cultura e estilo de vida. Mas, junto com a empolgação, vem também a insegurança: o que levar, como se preparar, o que esperar da adaptação e quais erros evitar?

Antes de embarcar, é fundamental saber o que realmente te espera do outro lado. E é isso que vamos te mostrar neste artigo. Reunimos tudo o que todo intercambista precisa saber antes de sair do país, com orientações práticas sobre documentos, moradia, finanças, choques culturais, e dicas de quem já viveu essa experiência.

O que você vai aprender:

• Os preparativos essenciais antes da viagem
• Como se planejar financeiramente para o intercâmbio
• Dicas para lidar com a adaptação e o choque cultural
• O que esperar das aulas e da rotina acadêmica
• Cuidados com saúde, moradia e segurança
• Conselhos práticos de quem já foi intercambista

1. Preparativos essenciais antes da viagem

Antes de arrumar as malas, o primeiro passo é garantir que todos os documentos estão em ordem. Isso inclui:

• Passaporte válido por pelo menos seis meses após o fim da viagem;

• Visto (quando exigido), emitido com antecedência e compatível com o tipo de intercâmbio;

• Carta de aceitação da instituição de ensino ou programa;

• Comprovantes financeiros, que são solicitados em muitos países;

• E, se necessário, traduções juramentadas de documentos como histórico escolar, diplomas e certidões.

Também é importante contratar um seguro-saúde internacional, obrigatório em vários destinos e essencial para garantir tranquilidade caso algo aconteça.

Outro ponto que muita gente esquece é verificar exigências sanitárias, como vacinas ou exames específicos — especialmente em países da Europa e da Ásia.

E claro: não deixe para arrumar as malas na véspera. Pesquise o clima, as normas locais (inclusive o que é proibido entrar no país) e monte uma mala prática, com roupas adaptadas à estação e espaço para trazer lembranças.

2. Como se planejar financeiramente para o intercâmbio

Mesmo com bolsa de estudos, é essencial ter reserva financeira para emergências e custos extras. Isso porque muitos programas não cobrem transporte, alimentação ou materiais acadêmicos.

Monte um orçamento mensal realista, considerando:

• Acomodação (residência estudantil, casa de família ou aluguel);

• Alimentação (cozinhar em casa sai bem mais barato que comer fora);

• Transporte público;

• Material escolar;

• E lazer, que faz parte da experiência.

Uma boa dica é abrir uma conta internacional ou usar cartões digitais com taxas baixas. E lembre-se de verificar se o país permite que estudantes trabalhem durante o intercâmbio — isso pode aliviar bastante os custos e ainda render uma experiência profissional.

3. O que esperar da adaptação e do choque cultural

Mesmo os intercambistas mais preparados passam por um choque cultural. É normal sentir estranhamento com a comida, o clima, o ritmo das pessoas ou até o jeito de se relacionar.

A boa notícia é que tudo isso faz parte do aprendizado. Algumas estratégias para se adaptar mais rápido são:

• Participar de grupos e clubes estudantis, que ajudam a conhecer pessoas e praticar o idioma;

• Evitar comparações constantes com o Brasil — cada cultura tem seus valores;

• Aceitar o processo de adaptação, que pode levar semanas ou meses;

• E manter contato equilibrado com a família, sem deixar que a saudade te impeça de viver o novo.

Com o tempo, o que antes parecia estranho começa a se tornar familiar. E quando você perceber, vai estar chamando o novo país de “casa”.

4. A rotina acadêmica: o que muda nas universidades estrangeiras

Estudar fora é uma experiência completamente diferente. A maioria das universidades no exterior valoriza muito a autonomia do aluno: não há tanto controle de presença, mas há muita exigência na entrega de trabalhos e participação nas discussões.

Prepare-se para:

• Métodos de ensino mais participativos, com foco em debates e projetos práticos;

• Provas mais analíticas, que cobram interpretação e argumentação;

• E professores que esperam independência, mas também estão abertos a ajudar.

Outra dica é aproveitar ao máximo os recursos da universidade, como bibliotecas, centros de idiomas, laboratórios e mentorias. Eles fazem toda a diferença no seu desempenho acadêmico.

5. Moradia, saúde e segurança

Esses três pontos merecem atenção especial:

Moradia: Verifique as opções de acomodação com antecedência. As residências estudantis costumam ser práticas, mas se você busca mais privacidade, pode alugar um quarto ou apartamento. Em qualquer caso, pesquise a região, o transporte e o custo de vida local.

Saúde: Tenha sempre à mão o número da emergência local e o endereço de hospitais ou clínicas próximas. Se o seu país exigir seguro-saúde (como a maioria da Europa), leve o documento com você todos os dias.

Segurança: Cada país tem regras diferentes. Em muitos lugares, andar com documentos originais pode não ser seguro — leve cópias autenticadas. Também é importante respeitar normas locais, que podem parecer simples (como atravessar fora da faixa), mas têm multas altas.

6. Conselhos de quem já foi intercambista

Para fechar, reunimos alguns conselhos valiosos de alguns alunos da Escola M60 que já viveram essa experiência:

• Não espere estar 100% pronto. O momento perfeito não existe — o importante é começar.

• Evite andar apenas com brasileiros. Fale o idioma local o máximo possível, mesmo que cometa erros.

• Aproveite todas as oportunidades. Festas culturais, palestras, viagens de fim de semana — tudo é aprendizado.

• Registre sua experiência. Fotos, vídeos ou um diário ajudam a eternizar momentos e perceber o quanto você evoluiu.

• Lembre-se de que o intercâmbio é sobre crescimento. Haverá desafios, mas também muitas conquistas.

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Foto de capa por TERRA na Unsplash