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A Europa é um dos destinos mais procurados por quem quer estudar fora — e não é à toa. O continente abriga algumas das universidades mais antigas e prestigiadas do mundo, oferece bolsas generosas e, em muitos casos, mensalidades bem mais acessíveis do que em outros países de língua inglesa.
Mas, antes de começar a se inscrever, é importante entender como o sistema de ensino superior europeu funciona. Ele é diferente do modelo brasileiro, segue regras específicas e muda de país para país — o que pode deixar muita gente confusa na hora de escolher onde e como aplicar.
Neste guia, nós vamos te explicar tudo o que você precisa saber para começar sua jornada acadêmica na Europa com o pé direito.
O que você vai aprender:
- Estrutura geral do ensino superior europeu
- O que são os ciclos de estudo (Bachelor, Master e Doctorate)
- Tipos de instituições e diferenças entre elas
- Duração dos cursos e carga horária média
- Como funcionam as candidaturas e os prazos
- Bolsas e programas que aceitam estudantes internacionais
1. Estrutura do ensino superior europeu
Grande parte dos países europeus segue o Processo de Bolonha, um acordo criado para unificar e padronizar o ensino superior no continente. Isso facilita a mobilidade entre países e o reconhecimento dos diplomas.
O sistema é dividido em três ciclos principais:
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Bachelor (Licenciatura ou Graduação): é o primeiro ciclo, equivalente à graduação no Brasil.
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Master (Mestrado): o segundo ciclo, voltado à especialização acadêmica ou profissional.
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Doctorate (Doutorado): o terceiro ciclo, com foco em pesquisa científica.
Cada curso é medido em créditos ECTS (European Credit Transfer System), o sistema que permite transferir disciplinas e validar estudos feitos em diferentes universidades europeias.
2. Tipos de instituições: universidades e politécnicos
Nem toda instituição de ensino superior na Europa é igual. Há duas principais categorias:
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Universidades: têm foco em teoria e pesquisa, ideais para quem busca carreiras acadêmicas ou científicas.
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Institutos Politécnicos (ou Universidades de Ciências Aplicadas): priorizam o aprendizado prático e a inserção no mercado de trabalho.
Por exemplo, em Portugal e na Finlândia, os politécnicos são muito valorizados e oferecem cursos mais técnicos, enquanto as universidades tradicionais (como Oxford, Sorbonne ou Heidelberg) focam em pesquisa e produção científica.
3. Duração e formato dos cursos
A duração dos cursos pode variar de acordo com o país e o tipo de formação, mas há um padrão comum:
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Bachelor: 3 a 4 anos
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Master: 1 a 2 anos
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Doctorate: 3 a 5 anos
As aulas costumam misturar lectures (aulas teóricas), seminars (discussões em grupo) e labs (aulas práticas). Além disso, o aprendizado é muito mais autônomo do que no Brasil: os alunos precisam estudar sozinhos, fazer leituras e desenvolver projetos por conta própria.
4. Como funcionam as candidaturas
Cada país tem seu próprio sistema de admissão, mas, no geral, as universidades pedem:
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Histórico escolar e diploma de ensino médio (ou superior, no caso de mestrado e doutorado);
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Carta de motivação explicando por que você quer estudar naquela instituição;
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Comprovante de proficiência no idioma, como IELTS, TOEFL ou Cambridge (para inglês);
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Currículo acadêmico (e profissional, em alguns casos);
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Taxa de inscrição (geralmente entre 30 e 100 euros).
Os prazos costumam variar de novembro a março, para cursos que começam entre setembro e outubro. Por isso, quem deseja estudar na Europa deve começar a se preparar com antecedência.
5. Custos e bolsas de estudo
Os custos de estudar na Europa variam bastante. Em países como Alemanha, Noruega e Finlândia, o ensino superior público é gratuito até para estrangeiros. Já em locais como Reino Unido, Holanda e França, as universidades cobram mensalidades, mas com diversas bolsas disponíveis.
Alguns dos programas mais conhecidos são:
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Erasmus Mundus: oferece mestrados conjuntos com bolsas integrais.
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DAAD (Alemanha): bolsas para graduação, mestrado e doutorado.
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Chevening (Reino Unido): bolsas do governo britânico para líderes e profissionais em ascensão.
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Campus France: bolsas de estudo para quem quer estudar na França.
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Study in Italy: bolsas regionais e nacionais para estudantes internacionais.
6. O que acontece depois da formatura
Uma das grandes vantagens de estudar na Europa é que muitos países permitem que o estudante fique e trabalhe após a formatura.
Na Irlanda, por exemplo, formados em cursos de graduação podem permanecer por até 2 anos para trabalhar. Já na Alemanha, é possível buscar emprego por até 18 meses após o término do curso. Essa é uma excelente chance de ganhar experiência internacional e até conseguir um visto de trabalho definitivo.
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