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Quem planeja estudar fora logo se depara com uma dúvida comum: como funcionam as notas nas universidades estrangeiras?
Em vez das tradicionais médias de 0 a 10 que usamos no Brasil, cada país tem um sistema próprio — e entender essas diferenças é essencial tanto para avaliar seu desempenho acadêmico quanto para preencher aplicações internacionais corretamente.
Neste guia, você vai entender como as notas são atribuídas, o que significam termos como GPA e credits, e até como converter suas notas brasileiras para padrões internacionais.
O que você vai aprender:
- Como funcionam os sistemas de notas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Europa e Austrália
- O que é o GPA e como calculá-lo
- Diferenças entre conceitos, notas numéricas e créditos
- Como converter suas notas brasileiras para processos de intercâmbio
O sistema de notas nos Estados Unidos
Nos EUA, as universidades utilizam um sistema baseado em letras (A, B, C, D, F) e em um índice numérico chamado GPA (Grade Point Average).
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A representa um desempenho excelente, geralmente equivalente a 4.0 pontos.
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B indica um bom desempenho (3.0).
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C é considerado satisfatório (2.0).
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D é o mínimo para aprovação (1.0).
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F significa reprovação (0.0).
Cada disciplina vale uma certa quantidade de créditos, que refletem sua carga horária. O GPA é a média ponderada desses créditos — ou seja, disciplinas mais “pesadas” influenciam mais no resultado final.
Por exemplo: se você tirou A em uma matéria de 4 créditos e B em outra de 2 créditos, seu GPA será uma média ponderada:
[(4,0 × 4) + (3,0 × 2)] ÷ (4 + 2) = 3,67.
Esse número é o que aparece no seu histórico e é usado por universidades e empresas para medir seu desempenho acadêmico.
Canadá: semelhante, mas com nuances
O Canadá também utiliza o GPA, mas as escalas podem variar de acordo com a província e a universidade. Algumas instituições adotam letras (A+, A, B+, etc.), enquanto outras usam percentuais (de 0 a 100).
Em geral, notas acima de 80% correspondem a A, entre 70% e 79% a B, e assim por diante.
Assim como nos EUA, o GPA canadense é crucial para bolsas de estudo e admissões em pós-graduações, então manter uma boa média é fundamental.
Reino Unido: o sistema de classificações
Na maior parte das universidades britânicas, o desempenho do aluno é avaliado por um sistema de classificações, em vez de letras ou números.
As principais categorias são:
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First-Class Honours (1st): nota entre 70% e 100% — excelente desempenho.
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Upper Second-Class (2:1): entre 60% e 69% — bom desempenho.
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Lower Second-Class (2:2): entre 50% e 59% — satisfatório.
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Third-Class (3rd): entre 40% e 49% — desempenho mínimo aceitável.
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Fail: abaixo de 40% — reprovação.
Esse sistema é muito usado em graduações e é determinante para quem quer seguir carreira acadêmica ou aplicar para mestrados no próprio Reino Unido.
Europa continental: ECTS e escalas locais
Na maior parte da Europa, as universidades seguem o sistema ECTS (European Credit Transfer and Accumulation System), criado para padronizar notas e créditos entre países.
As notas vão de A (melhor desempenho) a F (reprovação), mas cada país ainda pode usar suas próprias escalas internas:
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França: notas de 0 a 20 (mínimo para passar é 10).
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Alemanha: de 1,0 (excelente) a 5,0 (reprovado).
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Itália: de 18 a 30, com 30 e lode sendo a nota máxima.
Graças ao ECTS, é possível comparar e converter notas facilmente entre instituições europeias — o que facilita programas como o Erasmus+.
Austrália e Nova Zelândia
Esses países usam um modelo misto, que combina letras e conceitos. Em geral, a escala vai de HD (High Distinction) a F (Fail):
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HD (High Distinction): desempenho excepcional (85-100%)
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D (Distinction): excelente (75-84%)
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C (Credit): bom (65-74%)
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P (Pass): suficiente (50-64%)
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F (Fail): reprovado (abaixo de 50%)
Assim como em outros países, as universidades australianas usam créditos para medir o peso de cada disciplina, e o histórico final é composto pela média ponderada.
Como converter suas notas brasileiras
A conversão de notas não é exata, já que cada universidade define seus próprios critérios. No entanto, existem tabelas de equivalência aproximadas.
Por exemplo, em processos seletivos internacionais, muitas vezes considera-se que:
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9–10 no Brasil ≈ A (4.0 GPA)
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8–8.9 ≈ B (3.0 GPA)
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7–7.9 ≈ C (2.0 GPA)
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6–6.9 ≈ D (1.0 GPA)
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Abaixo de 6 ≈ F (0.0 GPA)
Para aplicações mais precisas (como mestrados ou bolsas), o ideal é usar serviços oficiais de conversão, como o WES (World Education Services).
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