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Quando se fala em “intercâmbio acadêmico” muitas pessoas pensam apenas em passar um semestre fora — mas o universo é bem maior.
Existem modalidades pensadas para objetivos distintos: quem quer um diploma internacional, quem busca experiência de pesquisa, quem precisa só de um curso intensivo de idioma, ou ainda quem prefere formatos híbridos e totalmente online.
Este guia detalha cada tipo de intercâmbio, explica requisitos práticos, indicadores de sucesso e ajuda você a decidir qual caminho seguir conforme seu momento de vida e metas acadêmicas ou profissionais.
O que você vai aprender:
- Diferença entre intercâmbio por semestre, graduação inteira e programas de curta duração
- O que são programas de dupla titulação, visiting student e research stays
- Como funcionam intercâmbios de estágio, summer schools e programas liderados pela universidade
- Vantagens, requisitos típicos e implicações de visto para cada modalidade
- Como escolher a modalidade certa e preparar sua candidatura
1. Intercâmbio por semestre ou ano (exchange)
O que é
Programa em que sua universidade tem convênio com uma instituição parceira e você estuda fora por um semestre ou um ano letivo com validação de créditos.
Duração e formato
Geralmente 4–12 meses; disciplinas cursadas costumam ser aproveitadas na sua grade (credit transfer).
Quem se beneficia
Estudantes de graduação que querem experiência internacional sem interromper a formação.
Aspectos práticos
-
Inscrição via international office da universidade de origem.
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Normalmente há limites de vagas por instituição parceira.
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Pode haver bolsas específicas (ex.: Erasmus+, convênios bilaterais).
Vistos e custos
Visto de estudante curto; taxadas razoáveis — em muitos convênios você paga mensalidade na sua universidade de origem.
2. Graduação completa no exterior (degree-seeking)
O que é
Candidatura direta para concluir todo o curso (bacharelado/licenciatura) em uma instituição estrangeira.
Duração e formato
3–4 anos para graduação; envolve aplicação completa (transcripts, testes, financiamentos).
Quem se beneficia
Quem deseja diploma internacional e, em muitos casos, permanecer no país após a graduação para trabalhar.
Aspectos práticos
-
Processo seletivo mais competitivo (ex.: SAT/ACT para EUA).
-
Necessidade de planejamento financeiro robusto: tuition, moradia, seguro.
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Possibilidade de bolsas institucionais e merit-based.
Vistos e custos
Visto de estudante de longa duração; exigência de comprovante financeiro.
3. Programas de dupla ou joint degree (double/joint degree)
O que é
Cursos estruturados entre duas instituições que resultam em diploma conjunto ou dois diplomas (um de cada universidade).
Duração e formato
Geralmente um ou dois anos a mais dependendo da estrutura; requer mobilidade entre países.
Quem se beneficia
Alunos que querem credenciais reconhecidas em mais de um sistema educativo e experiência multicultural aprofundada.
Aspectos práticos
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Processo seletivo específico e exigente.
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Excelentes para networking internacional e empregabilidade global.
4. Visiting student e programas por crédito (non-degree, credit-bearing)
O que é
Estudante que vai cursar disciplinas numa universidade estrangeira sem estar matriculado para diploma completo — muitas vezes com validação de créditos.
Duração e formato
Semestre ou ano; flexibilidade maior que degree-seeking.
Quem se beneficia
Alunos que querem ampliar currículo, testar um país/universidade antes de uma aplicação longa, ou fazer cursos específicos.
Aspectos práticos
-
Inscrição direta na universidade receptora (algumas exigem carta de aceite prévia da home).
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Ideal para quem busca disciplinas pontuais sem alterar plano de graduação.
5. Research stays e research internships
O que é
Estadas focadas em pesquisa em laboratório ou grupo acadêmico, comuns em mestrado e doutorado, mas também em iniciações científicas.
Duração e formato
De poucas semanas a vários meses (às vezes até um ano); pode culminar em publicações conjuntas.
Quem se beneficia
Candidatos a pós-graduação, pesquisadores e estudantes que querem fortalecer currículo científico.
Aspectos práticos
-
Requer contato prévio com professor/orientador do exterior e projeto de pesquisa.
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Frequentemente elegível para bolsas de pesquisa e auxílios (ex.: bolsas CAPES, Newton Fund, DAAD, etc.).
6. Estágios internacionais e co-programs
O que é
Estágio profissional em empresa estrangeira como parte do programa acadêmico (co-op) ou oportunidade extracurricular.
Duração e formato
Algumas semanas a 12 meses; pode ser remunerado ou não.
Quem se beneficia
Quem busca experiência prática e colocação no mercado global.
Aspectos práticos
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Verifique se o seu visto permite trabalho/estágio.
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Algumas universidades têm parcerias com empresas locais e oferecem suporte para candidatura e seguro.
7. Summer/Winter schools e cursos de curta duração
O que é
Programas intensivos (2–8 semanas) em universidades estrangeiras sobre temas específicos: idioma, negócios, ciência, arte.
Duração e formato
Curtos e intensivos; normalmente não exigem crédito para diploma, mas podem emitir certificado.
Quem se beneficia
Estudantes que têm pouco tempo livre, querem experimentar um destino ou aprimorar habilidades específicas.
Aspectos práticos
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Baixo custo/time commitment; excelente para iniciantes.
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Visto muitas vezes simplificado (tourist/short-stay).
8. Programas liderados pela faculdade (faculty-led)
O que é
Viagens e cursos organizados pela própria universidade de origem (professores coordenam módulos no exterior).
Duração e formato
Curto prazo (1–6 semanas) ou semestre; currículo alinhado com sua universidade de origem.
Quem se beneficia
Estudantes que querem segurança institucional e créditos garantidos.
Aspectos práticos
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Inscrições internas; valores e logística administrados pela home institution.
9. Programas pathway, pre-sessional e foundation
O que é
Cursos preparatórios para quem não atende requisitos de idioma ou acadêmicos para ingresso direto em graduação/mestrado.
Duração e formato
3–12 meses; combinam língua, conteúdo acadêmico e preparação para aplicação.
Quem se beneficia
Alunos que precisam elevar proficiência linguística ou adaptar currículo ao sistema do país de destino.
Aspectos práticos
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Muitas universidades oferecem pathways com progressão garantida ao atingir metas.
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Podem existir custos adicionais, mas são uma rota segura para entrar em universidades de elite.
10. Intercâmbio virtual e microcredentials
O que é
Cursos, projetos colaborativos e módulos online oferecidos por universidades internacionais; podem gerar certificados ou microcredenciais.
Duração e formato
Horas a meses; totalmente remotos ou híbridos.
Quem se beneficia
Quem quer internacionalização sem sair do país — excelente para quem tem restrições financeiras ou logísticas.
Aspectos práticos
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Crescente aceitação no mercado; bom para networking digital.
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Alguns programas permitem combinação com mobilidade física posterior.
11. Bolsas, financiamento e apoio institucional por modalidade
Cada modalidade tem fontes de financiamento diferentes:
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Exchange (semestre/ano): bolsas de convênio, Erasmus+, auxílios da universidade de origem.
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Degree-seeking: bolsas institucionais, governos, fundações, programas merit-based.
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Research stays: bolsas de pesquisa, grants e auxílios de laboratórios.
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Summer schools: bolsas pontuais, descontos por grupos ou early bird.
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Internships: empresas pagam estágio; algumas universidades ajudam com bolsas de deslocamento.
Dica: pesquise simultaneamente por bolsas específicas à modalidade e por auxílios de instituições privadas/fundações do seu país.
12. Como escolher a modalidade certa
Faça estas perguntas para decidir:
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Qual é seu objetivo principal? Diploma, experiência, pesquisa, idioma, carreira internacional?
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Quanto tempo pode se afastar dos estudos/trabalho? Curtos (férias) x longos (grau completo).
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Qual seu orçamento e qual é a disponibilidade de bolsas? Degree-seeking costuma ser mais caro.
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Precisa de reconhecimento de créditos na sua universidade? Se sim, prefira exchange ou visiting student com acordo prévio.
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Qual é seu nível de idioma? Pathways e cursos intensivos ajudam quem precisa de preparação.
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Foto de capa por Philip Myrtorp na Unsplash