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Se a sua meta é seguir carreira acadêmica — seja em pesquisa, docência ou tecnologia ligada à ciência — escolher o tipo certo de intercâmbio faz diferença. Alguns programas são ótimos para começar a se aproximar da pesquisa (ex.: estágios de verão), outros são ideais para aprofundar trabalho científico (mestrado por pesquisa, doutorado, cotutela).

Aqui explicamos, com detalhes e exemplos práticos, as modalidades mais relevantes e como você pode planejar sua trajetória internacional de forma estratégica.

O que você vai aprender:

1. Intercâmbio de pesquisa de curta duração (summer research programs / REUs)

O que é: programas de 6 a 12 semanas voltados para estudantes de graduação que querem ter a primeira experiência prática em pesquisa (ex.: Research Experiences for Undergraduates — REU nos EUA; summer schools com componente de pesquisa na Europa).

O que oferece: imersão em um laboratório/grupo de pesquisa, mentorias intensivas, possibilidade de coautoria em relatórios ou posters.

Por que vale a pena: é a porta de entrada para a pesquisa — ajuda a descobrir interesse real pela área, criar network com pesquisadores estrangeiros e gerar experiências que fortalecem o currículo.

Como aplicar: pesquise desde o 1º ou 2º ano da graduação; prepare CV acadêmico, carta de motivação curta e referências. Muitas vagas exigem nota mínima e comprovante de disponibilidade no período.

2. Semestre ou ano de intercâmbio curricular (exchange semester / study abroad com foco acadêmico)

O que é: passar um semestre ou ano em universidade parceira, cursando disciplinas que podem ser aproveitadas na sua graduação.

O que oferece: contato com currículos internacionais, acesso a cursos avançados e possivelmente oportunidades de pesquisa com professores locais.

Por que vale a pena: permite combinar formação formal com iniciação científica local; é especialmente útil se a universidade anfitriã tiver grupos de pesquisa fortes na sua área.

Como aplicar: alinhe as disciplinas com a coordenação do seu curso (pre-approval), busque universidades com grupos de pesquisa ativos e, se possível, conecte-se com um professor antes da viagem.

3. Programas de dupla titulação e cotutela

O que é: acordos entre duas instituições que resultam em um diploma conjunto ou duplo; na cotutela, a tese de doutorado é supervisionada por orientadores de duas universidades (em dois países).

O que oferece: formação profunda, diploma com dupla validade, exposição a duas culturas científicas e redes acadêmicas ampliadas.

Por que vale a pena: aumenta o prestígio do currículo e facilita oportunidades de colaboração internacional; ideal para quem pensa em carreira acadêmica global.

Como aplicar: normalmente exigem alto desempenho, proposta de pesquisa clara e acordo entre orientadores; conversar cedo com sua instituição é essencial.

4. Mestrado por pesquisa (research master) vs. mestrado profissional (taught master)

O que é:

O que oferece: o mestrado por pesquisa é um passo natural antes do doutorado; o taught master pode ser útil para fortalecer conhecimentos e rede, mas costuma exigir que você complemente com experiência em pesquisa para seguir ao PhD.

Como escolher: se o objetivo é doutorado e carreira acadêmica, priorize mestrados com componente de pesquisa, disponibilidade de supervisor e possibilidade de publicações.

5. Doutorado (PhD) e cotutela de doutorado

O que é: programa de pesquisa avançada cujo produto principal é uma tese original; pode incluir financiamento via bolsas, assistantships ou projetos de pesquisa.

O que oferece: formação para docência e pesquisa, oportunidade de publicar artigos, participar de conferências e liderar projetos.

Por que vale a pena: é o principal caminho para carreira acadêmica; permite desenvolver independência investigativa.

Como aplicar: preparar research proposal forte; identificar e contatar potenciais orientadores; obter cartas de recomendação sólidas; demonstrar experiência prévia em pesquisa (mestrado, artigos, estágios de pesquisa).

6. Estágios de pesquisa / internships em laboratórios (long-term)

O que é: estágios remunerados ou voluntários em laboratórios de universidades, centros de pesquisa ou empresas com P&D, com duração de meses a um ano.

O que oferece: experiência prática em projetos reais, possibilidade de contribuir em artigos, networking com pesquisadores e indústria.

Como aplicar: enviar CV, carta de apresentação e portfólio; destacar habilidades técnicas (programação, laboratório, métodos estatísticos); muitas vagas são anunciadas em sites institucionais e listas de e-mail de departamentos.

7. Visiting researcher / sabbatical opportunities

O que é: estadias para pesquisadores já com formação avançada (doutores) que querem trabalhar em projetos ou colaborar com grupos específicos por períodos que variam de semanas a anos.

O que oferece: fortalecimento de rede internacional, colaboração em publicações, construção de projetos conjuntos.

Por que vale a pena: importante para consolidar carreira pós-doutoral, ampliar impacto acadêmico e acessar infraestrutura única.

Como aplicar: via convites de grupos de pesquisa, bolsas de colaboração (ex.: Marie Skłodowska-Curie, CAPES-PRINT, bolsas de mobilidade científica).

8. Summer schools, workshops e conferências internacionais

O que é: cursos intensivos de curta duração, workshops metodológicos e eventos científicos.

O que oferece: aprendizado de técnicas específicas, contato com especialistas, oportunidades de apresentação de trabalhos e networking.

Por que vale a pena: ótimo custo-benefício para ganhar skills concretas e visibilidade; apresentar poster em conferência aumenta o potencial para futuras colaborações.

Como aplicar: submeter abstract, buscar bolsas de participação ou ajudas de custo; muitas universidades oferecem apoio para alunos selecionados.

9. Programas de mobilidade para professores e pesquisadores (funding agencies)

O que é: editais e programas que financiam estadias curtas ou longas para docentes e pesquisadores (ex.: Erasmus+ Staff Mobility, Newton Fund, DAAD, FAPs regionais).

O que oferece: intercâmbio de ensino, coorientação de pesquisas, capacitação docente e criação de redes institucionais.

Por que vale a pena: essencial para quem pretende atuar como docente e construir parcerias institucionais.

Como aplicar: via chamadas públicas, muitas vezes exigindo projeto institucional e anuência da universidade.

Como escolher a modalidade certa para o seu estágio de carreira

  1. Identifique seu objetivo imediato: iniciar em pesquisa, fortalecer CV, publicar, encontrar orientador para doutorado?

  2. Nível acadêmico atual: estudante de graduação se beneficia muito de REUs e semestres de intercambio; quem já tem mestrado foca em PhD, postdoc e visiting researcher.

  3. Tipo de experiência que deseja: técnica (workshop), empírica (lab internship), conceitual (mestrado/doutorado).

  4. Tempo e disponibilidade: programas curtos são ideais para testar interesses; programas longos (mestrado/doutorado) exigem compromisso de 1–4+ anos.

  5. Oportunidades de financiamento: priorize programas com bolsas/assistantships que cobrem matrícula e custeio de vida.

Como se preparar

2+ anos antes (para PhD / mestrado com bolsa):

12–18 meses antes:

6–12 meses antes:

Após aceite:

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