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A ideia de estudar fora e continuar trabalhando remotamente — seja para uma empresa do Brasil ou como freelancer — parece o cenário ideal para muitos estudantes internacionais. Afinal, unir um intercâmbio com uma fonte de renda é uma forma inteligente de manter a independência financeira e ganhar experiência profissional global.

Mas será que isso é realmente possível? A resposta depende de três fatores principais: o tipo de visto, as regras do país de destino e o tipo de trabalho remoto que você pretende exercer.

Neste artigo, vamos explicar em quais situações é permitido trabalhar remotamente durante o intercâmbio, quais são as restrições legais mais comuns e como você pode se preparar para equilibrar estudo e trabalho da melhor forma.

O que você vai aprender:

O que é considerado trabalho remoto para estudantes internacionais

Trabalhar remotamente significa desempenhar uma função à distância, geralmente de forma online e para uma empresa ou cliente que está em outro país.

Isso pode incluir freelas de design, marketing digital, aulas particulares, programação, redação, tradução, entre outros.

No entanto, é importante entender que, para fins de imigração, alguns países consideram qualquer tipo de atividade remunerada — mesmo que o dinheiro venha de fora — como trabalho sujeito às leis locais.
Ou seja: nem sempre o fato de o trabalho ser “online” significa que ele é automaticamente permitido.

Trabalhar remotamente com visto de estudante: o que você precisa saber

Cada país tem regras próprias sobre trabalho durante o período de estudos. Abaixo, explicamos como funciona em alguns dos destinos mais procurados pelos brasileiros:

Estados Unidos

Nos EUA, o visto de estudante (F-1) não permite trabalhar remotamente para empresas estrangeiras.

Os estudantes só podem trabalhar dentro do campus (on-campus jobs) ou, em casos específicos, participar de programas de estágio como o CPT (Curricular Practical Training) ou o OPT (Optional Practical Training).

Trabalhar remotamente sem autorização pode comprometer o visto e gerar sanções migratórias.

Canadá

O Canadá é um dos países mais flexíveis nesse ponto.
Estudantes internacionais com visto de estudo válido e matrícula em tempo integral podem trabalhar até 20 horas por semana durante o período de aulas — e, em alguns casos, há permissão para trabalhos remotos se o empregador estiver no Canadá.

Já se o trabalho remoto for para uma empresa estrangeira (como uma empresa brasileira), é preciso cuidado: o governo canadense considera que você não pode competir com o mercado de trabalho local, então a atividade deve ser ocasional e não substituir um emprego canadense.

Reino Unido

No Reino Unido, o visto de estudante (Tier 4) permite até 20 horas semanais de trabalho durante o período letivo, mas não autoriza trabalho remoto para empresas estrangeiras.

Ou seja, você pode trabalhar localmente (em cafés, universidades, etc.), mas não para um empregador de outro país.

Portugal

Em Portugal, as regras são um pouco mais abertas.
Quem possui autorização de residência para estudo pode exercer atividades remuneradas, desde que não prejudiquem a carga horária do curso.

Na prática, muitos estudantes trabalham remotamente para empresas brasileiras enquanto estudam no país — mas o ideal é regularizar a situação fiscal (declarando o trabalho como rendimento estrangeiro).

Alemanha

Na Alemanha, o estudante internacional pode trabalhar até 120 dias por ano em período integral ou 240 meio período.

O trabalho remoto, porém, só é permitido se for para empresas alemãs registradas. Trabalhos online para outros países não são reconhecidos oficialmente, e podem ser questionados em caso de fiscalização.

Trabalhos remotos mais comuns entre estudantes

Mesmo com as restrições legais, muitos estudantes encontram maneiras legítimas de trabalhar remotamente enquanto estudam fora, principalmente em projetos curtos e internacionais.

Algumas opções populares incluem:

Essas atividades podem ser realizadas como autônomo (freelancer), desde que respeitem as regras fiscais do país onde você está.

Como conciliar trabalho remoto e intercâmbio

Trabalhar enquanto estuda fora exige organização e disciplina. Aqui vão algumas dicas práticas:

  1. Verifique sempre as regras do seu visto. Antes de aceitar qualquer trabalho, confirme se a atividade é permitida.

  2. Crie uma rotina equilibrada. O intercâmbio é uma experiência acadêmica e cultural — não deixe o trabalho tomar todo o seu tempo.

  3. Use plataformas seguras. Sites como Upwork, Fiverr e Preply permitem encontrar freelas internacionais de forma regularizada.

  4. Priorize empresas com pagamento formal e contratos claros. Isso evita problemas fiscais e migratórios.

  5. Cuide da saúde mental. Trabalhar em fuso horário diferente e estudar ao mesmo tempo pode ser cansativo — respeite seus limites.

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Foto de capa por Christina @ wocintechchat.com na Unsplash