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Muitos estudantes sonham em estudar no exterior sem arcar com mensalidades pesadas — e, felizmente, isso é possível em vários países.
A chave é entender que “gratuito” nem sempre significa “sem nenhum custo”: em muitos casos as universidades públicas não cobram tuition, mas existem taxas administrativas, custos de vida e a oferta de cursos em inglês pode variar por nível (mais comum em mestrados do que em bacharelados).
Este artigo explica onde procurar programas em inglês com tuition muito baixa ou nula, como validar cada oportunidade e quais são os passos práticos para transformar essa chance em um intercâmbio real.
O que você vai aprender:
- Quais países geralmente oferecem ensino superior sem tuition ou com taxas muito baixas e quais níveis (bacharel, mestrado) costumam ter cursos em inglês.
- Como identificar e filtrar programas em inglês sem custos de matrícula.
- Custos ocultos a considerar (moradia, seguro, taxas administrativas).
- Passos práticos para aplicar e reduzir despesas com bolsas e isenções.
- Checklist rápido com documentos e critérios a checar antes da inscrição.
Países em que é possível estudar em inglês sem tuition (ou pagando pouco)
A seguir, um panorama prático dos destinos mais procurados por quem busca cursos em inglês com pouca ou nenhuma tuition — foco em fatos úteis para quem vai candidatar-se.
1. Alemanha — forte oferta pública e muitos mestrados em inglês
A Alemanha tem um sistema universitário público no qual, em geral, não há tuition para cursos de graduação e pós-graduação nas universidades públicas (há exceções e variações por estado). Programas de mestrado ministrados em inglês são amplos, especialmente nas áreas de engenharia, TI, ciências e negócios. Para brasileiros, isso costuma ser uma das opções mais vantajosas: sem tuition, com infraestrutura de pesquisa consolidada e múltiplas universidades que anunciam cursos em inglês.
O que checar: se o curso escolhido é realmente público (algumas instituições privadas cobram), requisitos de proficiência em inglês, e possíveis taxas administrativas semestrais.
2. Noruega — educação pública sem tuition para muitos cursos (atenção ao custo de vida)
Universidades públicas norueguesas historicamente não cobram tuition de estudantes internacionais, e há uma oferta considerável de cursos de mestrado em inglês. O grande “porém” é o custo de vida (moradia, transporte e alimentação são caros), que precisa ser planejado com cuidado.
O que checar: modalidade do curso (bachelor vs. master), cobertura de subsídios ou bolsas, e exigências de visto/financiamento mínimo para comprovar sustentabilidade.
3. Países europeus com ensino público muito acessível (França, Áustria, República Tcheca, etc.)
Em países como França e Áustria, as universidades públicas cobram mensalidades simbólicas em comparação com o padrão internacional, especialmente para cursos em língua local — e existe uma crescente oferta de mestrados em inglês. Outros países da Europa Central e Oriental (por exemplo, República Tcheca, Polônia) também têm programas internacionais com mensalidades baixas ou bolsas robustas. Em muitos casos, a vantagem é a combinação entre mensalidade baixa e custo de vida moderado.
O que checar: se o valor informado é “tuition” ou apenas uma fração (algumas taxas podem ser cobradas), e se o programa em inglês exige documentação adicional (portfólio, provas específicas).
Observações importantes
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A oferta de cursos em inglês é maior em programas de pós-graduação (mestrados e doutorados). Bacharelados em inglês existem, mas são menos comuns fora do mundo anglófono.
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“Tuition grátis” frequentemente refere-se às universidades públicas — instituições privadas, mesmo no mesmo país, tendem a cobrar.
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Políticas de tuition e isenções podem variar com o tempo e por estado/região. Sempre verifique as informações diretamente com a universidade ou em fontes oficiais antes de planejar a aplicação.
Como encontrar programas em inglês sem tuition — roteiro prático
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Comece por recursos oficiais: portais nacionais (ex.: sites “Study in [país]”), páginas de universidades públicas e bases como DAAD/ Campus France / Study in Europe.
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Filtre por nível e idioma: selecione “master’s programs in English” ou “bachelor in English” e marque a opção “tuition-free” ou “public university” quando disponível.
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Confirme custos reais: procure por “tuition fees for international students” e verifique também taxas semestrais, seguro saúde obrigatório e estimativa de living costs.
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Cheque prazos de inscrição e requisitos (English test, cartas, portfólio): mestrados em inglês costumam pedir IELTS/TOEFL ou prova equivalente; planeje testes com antecedência.
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Busque bolsas e auxílios locais: muitas universidades públicas oferecem bolsas integrais ou parciais para estudantes internacionais com excelente desempenho — e há programas governamentais e de pesquisa que complementam a renda.
Custos além da tuition: o que planejar no orçamento
Mesmo em cidades onde a mensalidade é zero, você terá despesas a considerar — eis as principais:
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Moradia: alugar um quarto ou dividir apartamento; nas capitais europeias, conta elevada.
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Alimentação e transporte: subsídios estudantis podem reduzir custos, mas verifique tarifas locais.
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Seguro saúde: obrigatório em muitos países; escolha o plano adequado para estudantes internacionais.
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Taxas administrativas e materiais: matrícula, carteirinha estudantil, livros e laboratórios.
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Taxas de visto e viagem: voos, taxações consulares e custos de legalização de documentos.
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Dica prática: faça um orçamento mensal realista (moradia + alimentação + transporte + extras) e multiplique por 12 para ter uma estimativa anual — compare com as bolsas e economias previstas.
Documentos e requisitos mais comuns: checklist
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Passaporte válido; traduções juramentadas de diplomas e histórico escolar.
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Provas de proficiência em inglês (IELTS/TOEFL) quando exigidas.
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Carta de motivação e, em alguns casos, portfólio (áreas artísticas/arquitetura).
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Carta(s) de recomendação (professores/empregadores).
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Comprovação de recursos (quando exigida para visto) ou comprovação de bolsa.
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Certificados de exame específico (GRE/GMAT) para alguns cursos de pós-graduação.
Estratégias para aumentar as chances e reduzir custos
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Apresente um perfil claro e alinhado ao curso: universidades que oferecem bolsas valorizam candidatos com projeto acadêmico bem definido.
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Candidate-se a mestrados em inglês quando quiser “tuition-free”: há maior oferta nessas modalidades.
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Procure bolsas internas da universidade e fundos de pesquisa: departamentos costumam ter vagas remuneradas (assistente de pesquisa/teaching assistant).
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Considere cidades menores: custo de vida e moradia costumam ser bem menores do que nas capitais universitárias.
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Use programas de intercâmbio e mobilidade acadêmica (Erasmus+, convênios): são caminhos com menos burocracia para garantir studies/training no exterior.
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Foto de capa por Vitaly Gariev na Unsplash