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Duolingo: vale a pena aprender um idioma por lá?

Aprender um idioma de maneira tradicional não sai barato. Escolas reconhecidas internacionalmente costumam cobrar milhares de reais por semestre para oferecer duas aulas semanais. Em alguns casos, o material de apoio nem está incluído no valor final e é cobrado à parte. É por isso que muitas pessoas tentam aprender inglês e outras línguas sozinhas.

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Se você está nesta situação, provavelmente já se deparou com o Duolingo, um site e aplicativo gratuito de aprendizado de idiomas utilizado no mundo inteiro. Apenas em países que falam português, mais de 12 milhões de pessoas usam esse método para aprender inglês, por exemplo. Mas, será que vale a pena aprender um idioma por lá? É isso que vamos te responder hoje!

O que é o Duolingo?

Se você ainda não conhece, o Duolingo é um projeto idealizado pelo guatemalteco Luis von Ahn e pelo suíço Severin Hacker em 2009. Eles eram professor e aluno na Universidade Carnegie Mellon no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

A ideia original era criar um aplicativo que ensinasse inglês ao mesmo tempo que traduzisse frases simples de documentos. Parece a ideia do reCAPTCHA (que sempre quer saber se você é humano), né? Isso é porque Luis von Ahn também estava envolvido neste projeto.

Porém, com o passar do tempo, o Duolingo se voltou somente para o ensino de idiomas. Hoje, são mais de trinta línguas oferecidas para os falantes de inglês. Já quem tem o português como primeira língua pode escolher entre seis idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e esperanto (este último apenas em versão beta).

Terceira língua: qual idioma aprender depois do inglês?

Todos os cursos são inteiramente gratuitos, já que um dos ideais de seus fundadores é que o livre acesso à educação pode mudar o mundo. Mas o Duolingo não deixa de ser uma empresa, que se sustenta de duas formas: com anúncios (presentes tanto no aplicativo quanto no site) e com a versão plus (que cobra uma taxa de 7 dólares mensais para dar acesso às lições offline e remover os anúncios e limites de erros).

Qual é o método do Duolingo?

A ideia do Duolingo é te fazer aprender se divertindo. Por isso, o método se parece com um jogo, em que os tópicos são como fases. Além de ter que encerrar um nível para ir para outro, você ganha recompensas quando acerta e é penalizado quando não cumpre a meta de fazer ao menos 5 minutos de exercícios todos os dias.

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Você ganha ofensivas por praticar todos os dias.

A prática diária é um dos pontos mais importantes da metodologia do programa. A cada dia de exercícios feitos, os alunos completam uma “ofensiva”, mas, se ficam um dia sem fazer, as ofensivas são zeradas. Caso você passe muito tempo sem praticar no Duolingo, alguns níveis que você já tinha completado têm que ser feitos novamente. A ideia é conseguir que os alunos se sintam incentivados a praticar o idioma todos os dias.

Como funciona o teste de proficiência do Duolingo?

Outro ponto importante é que o programa enxerga o idioma como uma ferramenta. Por isso, as lições são focadas em ensinar vocabulários para situações do dia a dia, como fazer compras, pedir comida em um restaurante, se apresentar para alguém, etc.

Cada nível se propõe a trabalhar fala, escrita, escuta e leitura fazendo o aluno responder a pequenos exercícios. Por exemplo, se você estiver aprendendo inglês, o Duolingo pode te perguntar o que a frase “I like apples” significa. Para saber a resposta, basta passar o mouse por cima de cada uma das palavras e ver sua tradução. Aí é só escrever no campo de respostas que o significado de “I like apples” é “Eu gosto de maçãs”.

Em seguida, a mesma frase aparece de forma oral e você tem que selecionar as palavras que são ditas no áudio na ordem apresentada. Em outro momento, o aplicativo vai voltar a te perguntar, desta vez em português, como se diz “Eu gosto de maçãs" em inglês. Mais para frente no mesmo nível te pedem para repetir “I like apples” em voz alta, para avaliarem se a sua pronúncia está correta.

A ideia é que você incorpore o vocabulário pouco a pouco e entenda sozinho como os tempos verbais, adjetivos e outras regras gramaticais são empregados. É como se você fosse uma criança tendo contato com a língua pela primeira vez. Essa estratégia é chamada de aprendizado implícito. Para tornar o estudo mais leve e facilitar a memorização, aparecem frases estranhas de tempos em tempos, como: “Your bear drinks beer”, ou “seu urso bebe cerveja”.

Apesar disso, alguns conteúdos oferecem uma miniaula, com uma explicação escrita dos conceitos que vão ser aplicados. O Duolingo também criou um algoritmo que altera o nível de dificuldade dos exercícios de acordo com o desempenho do aluno. A intenção é que surjam sempre novas ferramentas que auxiliem no aprendizado. Quem quer aprender inglês, por exemplo, pode completar as “histórias” que são diálogos que você lê, escuta e completa com a resposta correta. Mas esta função ainda não chegou para as outras línguas.

Vale a pena aprender um idioma no Duolingo?

A resposta é: depende. Com certeza o Duolingo é um método efetivo para se aprender um idioma, mas estudar apenas por meio do site ou aplicativo não vai te fazer alcançar um nível avançado na língua. Além disso, para atingir níveis intermediários é preciso muito tempo e disciplina para praticar todos os dias.

Se você gosta de um estilo mais informal de aprendizado, que não foca muito nas regras ou não tem um prazo para dominar o idioma, este pode ser um bom método para você. Mas se você gosta de compreender profundamente a gramática e até de ter um professor de verdade para tirar as suas dúvidas, você ainda pode usar o Duolingo como uma ferramenta para ganhar mais vocabulário e interagir com quem também está aprendendo um idioma por lá.

Universidade do Intercâmbio

Em resumo, o Duolingo é um bom recurso para as pessoas que podem aprender um idioma com calma. Mas e se você tem pressa para aprender inglês e não pode gastar muito dinheiro com isso? Então uma solução para você pode ser o Tentacle, um método desenvolvido pelo criador da Universidade do Intercâmbio, o Matheus Tomoto, quando ele precisou aprender inglês do zero em apenas três meses para estudar em Harvard. Outra forma de se preparar para as melhores oportunidades no exterior é com a nossa mentoria especializada. Para fazer o seu teste de perfil, basta clicar aqui.

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Ana Resende Quadros
AUTOR

Ana é jornalista, mestra e doutoranda em Comunicação. Sua paixão é levar informação e conhecimento para todos e, assim, contribuir para a ampliação da cidadania.

07 Abr 2021

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