Muitas pessoas acreditam que é impossível trabalhar enquanto se estuda fora. Mas, isso não só é possível como também é uma oportunidade muito bacana de conseguir dinheiro enquanto está no intercâmbio! Uma das formas de fazer isso é com o chamado Work on Campus.

Esse tipo de programa pode ser uma ótima chance para quem está muito preocupado em administrar as finanças durante a estadia fora do país. Inclusive, é uma boa pedida para complementar os gastos que uma bolsa não cobre. Por isso, conhecer esta oportunidade é fundamental. Venha aprender todos os detalhes sobre Work on Campus aqui!

Entenda o que é Work on Campus

O Work on Campus se trata da possibilidade de trabalhar dentro dos campi das grandes universidades. É que as renomadas instituições de ensino desenvolvem ferramentas para possibilitar que os estudantes, principalmente os internacionais, consigam uma grana a mais durante os anos do curso.

É fundamental destacar que a inscrição para o Work on Campus não acontece durante a aplicação. Primeiro, o estudante deve ser aprovado para a universidade e, depois, quando está na instituição, pode procurar o departamento responsável e se inscrever para as oportunidades do Work on Campus. Portanto, para essa chance  é necessário apenas o visto estudantil e não um visto de trabalho!

A grande diferença entre o trabalho on-campus das atividades off-campus é justamente que no Work on Campus o estudante vai desempenhar funções dentro da instituição de ensino. E quando está empregado nos campi, o estudante vai contribuir com a operação da universidade.

É importante ressaltar que as possibilidades englobam tanto os trabalhos remunerados, quanto as atividades voluntárias. Portanto, para quem precisa do salário, é indispensável ficar atento para qual oportunidade está sendo direcionado. 

Comumente, os on-campus jobs são serviços de meio período ou com o expediente reduzido. A intenção é complementar a renda no final do mês, sem prejudicar o tempo e a dedicação necessária aos estudos do curso. As universidades normalmente estabelecem 20 horas por semana como o tempo máximo de dedicação do Work on Campus. 

No caso de feriados, o aluno recebe uma autorização para expandir o tempo dedicado para 40 horas por semana. Mas, atenção: a ampliação não é possível quando o aluno já está matriculado em summer classes, por exemplo. 

Vale indicar também que, apesar de as funções mais comuns serem dentro do campus da universidade de fato, outras chances são autorizadas e contempladas pela definição do Work on Campus. Confira as principais formas:

Porém, existe uma exceção. Trabalhos prestados para empresas comerciais dentro das instalações da faculdade, mas que não estejam ligadas a elas não se encaixam na definição do Work on Campus. 

Por exemplo, o trabalho na livraria, refeitório ou outros serviços que sejam terceirizados não são considerados emprego on-campus para os fins da regra. Portanto, não são autorizados para estudantes nesta categoria. 

Como a permissão depende do apoio da sua universidade, a recomendação é sempre que você busque orientação e autorização do departamento responsável na sua college, dentro do setor de estudantes internacionais. 

A dica é checar se a oportunidade está dentro do perfil permitido — mesmo antes de solicitar ou aceitar qualquer emprego. Se atente ainda para garantir que as instituições arquivem todos os formulários necessários, comprovando a regularidade da situação de trabalho e estudo.

O pagamento durante o Work on Campus

Um ponto muito interessante do Work on Campus é a autorização para trabalhar mesmo enquanto está estudando. É que em muitos países, quando se tem o visto para estudar, não é possível receber a autorização para o trabalho. Ou ainda é preciso aplicar para um visto de trabalho ao invés de uma oportunidade estudantil.

(Allef Vinicius/Unsplash) 

Apesar desse cenário, em algumas localidades, o trabalho dos alunos dentro do campus é uma possibilidade de complementar a renda. Normalmente, a função tem envolvimento direto com as habilidades ou áreas de interesse do estudante. 

Também pode estar relacionada a apresentações artísticas ou musicais; manutenção de áreas comuns e realização ou organização de eventos estudantis. 

Por exemplo, temos alunos que atuam como assistente de algum professor; estudantes comunicativos com função no front desk; auxílio nos cuidados da housing ou do ginásio da instituição; jobs nos mais variados clubes, como medicina, robótica, engenharia ou inglês. E o melhor, tudo isso dentro da instituição de ensino e de forma legalizada.

Em relação à remuneração recebida, é preciso ter em mente que o pagamento costuma ser feito de acordo com as horas trabalhadas. Além disso, seu salário será e na moeda local, como o dólar no caso dos Estados Unidos.

Ou seja, dependendo da valorização frente ao real também é válido pensar em fazer uma poupança. Então, mesmo para quem tem a ideia de juntar uma grana enquanto está estudando fora, essa é uma possibilidade que vale a pena.

Funções mais comuns de Work on Campus

Agora, você já sabe que deve ter a permissão para ingressar no país e ter sido aceito em uma universidade para ter a possibilidade de conciliar os estudos e uma atividade remunerada fora do Brasil. 

Então, caso esteja se preparando para embarcar em um intercâmbio, pode ficar mais tranquilo com as chances de conseguir se manter no exterior. Isso porque o Work on Campus é uma ótima (e reconhecida!) alternativa.

(ThisisEngineering RAEng/Unsplash)

Por isso, também separamos as principais funções que são ofertadas como trabalho dentro dos campi: 

Via Giphy

Work on Campus nos Estados Unidos

Um dos destinos mais buscados quando se fala em intercâmbio é os Estados Unidos. Por lá, os estudantes internacionais podem, sim, trabalhar no campus. E agora te explicamos melhor como conciliar estudo e emprego na terra do Tio Sam.

Todos os estudantes intercambistas podem trabalhar no campus. No entanto, se você tiver um visto F1, não poderá trabalhar fora do campus - é ilegal e você pode ter grandes problemas.

Essa é a principal modalidade de visto de estudante nos EUA. É importante lembrar que você só vai poder estudar por lá depois que esse visto for emitido. O visa F1, é voltado especialmente para acadêmicos matriculados em universidades ou estudantes de outros níveis da educação.

Apenas sob uma circunstância o aluno tem permissão para trabalhar fora do campus. Essa autorização é uma exceção permitida pela universidade no caso de graves dificuldades econômicas. 

Portanto, caso você não se encaixe nos critérios, pode trabalhar apenas nas atividades dentro da instituição. Dentre as opções, estão: tirar neve, trabalhar na academia da faculdade, trabalhar com eventos promovidos no campus, monitor de quarto nas acomodações estudantis, cortar grama etc.

Work on Campus no Canadá

Outro local que chama a atenção dos intercambistas é o Canadá e o país também permite que alunos combinem os estudos com o trabalho on-campus. Como essa modalidade é para serviços dentro da universidade, você só pode começar a trabalhar por lá quando iniciar seu programa de estudos. 

Você pode trabalhar no campus, ou seja, sem a necessidade da autorização de trabalho, quando se encaixa em alguns critérios já estabelecidos pelo governo canadense. 

Dentre as normas, podemos destacar que deverá:  

O estudante não pode mais exercer os serviços do Work on Campus quando: (1) deixar de estudar; (2) tiver a permissão de estudos expirada; e (3) estiver de licença acadêmica. 

Para estudar no Canadá e, portanto, para ter um trabalho dentro dos campi e que pode ser conciliado com os estudos, é necessário um visto. Essa é uma permissão para estudar em terras canadenses por mais de 6 meses. 

Work on Campus na França

Já para quem está de olho em oportunidades na Europa, como um estudante internacional, você tem o direito de trabalhar enquanto estuda na França. Mas, atenção: é necessário que você tenha a permissão de residência! Por lá, os estudantes estrangeiros também têm a autorização para prestar serviços da sua instituição de ensino ou universidade. 

E essa possibilidade é para todos os alunos, mesmo aqueles que estão indo pela primeira vez ao país, matriculados no primeiro ano de um programa universitário ou ainda que estejam inscritos para aulas de período integral em escola de idiomas. 

(Anthony DELANOIX/Unsplash)

Esses empregos estudantis geralmente duram doze meses, de 1.º de setembro a 31 de agosto. E, assim como em outras nações, o trabalho normalmente é acolher os alunos no início do ano letivo, ofertar aulas particulares, eventos culturais ou esportivos, dentre outros. 

Para que o job não atrapalhe o sucesso acadêmico, as funções dos alunos na universidade são agendadas em horários de aula. E ainda, não é permitido que as horas de  trabalho ultrapassem  670 horas entre 1.º de setembro e 30 de junho e não mais de 300 horas entre 1.º de julho e 31 de agosto.

Vale a pena trabalhar enquanto estuda fora?

Existem muitas oportunidades para ganhar dinheiro nas próprias universidades. A possibilidade é voltada para os alunos que precisam complementar a renda, suprir os valores que não são cobertos por uma bolsa de estudos ou até mesmo juntar uma grana a mais. 

Por isso, sim, vale a pena trabalhar enquanto estuda fora, principalmente no Work on Campus. Isso porque que são funções relacionadas à área de estudos ou planejadas para não atrapalhar as atividades acadêmicas. 

Se você ainda tem dúvidas de como fazer um intercâmbio gastando pouco, dentro das suas possibilidades financeiras, também pode aplicar para uma bolsa de estudos. As bolsas suprem muitos dos gastos dos estudantes, podendo até mesmo arcar com 100% das despesas de alimentação, moradia e transporte. 

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