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Intercâmbio na Itália: o que saber antes de ir

A Itália é um país muito associado ao turismo. Afinal, o lugar é cheio de destinos interessantes e com muita importância, seja histórica, cultural ou econômica. Mas já pensou em fazer um intercâmbio na Itália? Essa pode ser uma oportunidade muito interessante e aqui você descobre como aproveitar essa chance!

Como funciona o intercâmbio na Itália?

Muitas pessoas associam o intercâmbio apenas ao aprendizado de inglês. Porém, a verdade é que é possível fazer um intercâmbio para qualquer lugar no mundo, incluindo a Itália. Além disso, estudar um idioma é apenas uma das mais de 60 modalidades de intercâmbio!

Na Itália, são várias opções de intercâmbio disponíveis. Nós selecionamos aqui algumas das mais interessantes para você ver qual combina mais com o seu estilo, com o tempo que você tem disponível e também com o seu bolso!

1. Estudo de italiano

Uma das modalidades mais populares entre os intercambistas é o aprendizado de idiomas. Se você está interessado(a) em aprender italiano, fazer um intercâmbio na Itália vai te ajudar muito. Afinal, você vai estar em contato com a língua o tempo inteiro e vai ver como ela funciona na prática.

Assim como acontece com quem quer fazer um intercâmbio de inglês ou espanhol, existem escolas na Itália que são especializadas no ensino do idioma para estrangeiros. Cursos assim têm a partir de duas semanas de duração. A maioria dos programas de 15 dias custam entre 200 e 500 euros.

Escolher as escolas de idioma tem uma série de vantagens. A primeira delas é que você determina a duração do seu curso. Além disso, elas estão disponíveis nas principais cidades italianas, então você pode decidir primeiro o seu destino e depois sua escola. Porém, os preços podem ser mais elevados.

Outra possibilidade é recorrer aos Centros de Idiomas das universidades, geralmente chamados Centro Linguistico di Ateneo (CLA). Esses centros funcionam como escolas de idiomas dentro das universidades italianas. Porém, nem todas as universidades aceitam alunos estrangeiros que não estejam matriculados por lá.

Por outro lado, algumas universidades aceitam todos os alunos e os valores podem ser mais vantajosos do que os das escolas de línguas. Além disso, caso você faça um curso de italiano avançado, pode concorrer a uma bolsa governamental para pagar seu custo de vida, a Italian Government Scholarships for Foreign Students, do MAECI.

2. Intercâmbio voluntário ou Work and Travel

As melhores opções de intercâmbio para quem quer conhecer a Itália pagando muito pouco são o work and travel e o intercâmbio voluntário. Essas duas modalidades são bastante parecidas. Nelas você troca o seu trabalho por acomodação e, em alguns casos, alimentação.

A principal diferença entre o work and travel e o voluntariado é que o segundo tem um cunho mais social, enquanto o primeiro é mais abrangente. Na Itália o work and travel é mais comum que o voluntariado. Nele você encontra opções para:

  • Trabalho em hostels;
  • Limpeza e serviços gerais;
  • Ensino de idiomas;
  • Auxílio em trabalhos rurais;
  • Gestão de redes sociais.

Esses são apenas alguns exemplos, mas é possível encontrar diversos trabalhos com ou sem cunho social no Worldpackers. Além da hospedagem, vários trabalhos oferecem outros benefícios como descontos em outros hotéis, algumas refeições e até aulas de italiano com nativos.

Antes de escolher qual será seu anfitrião, é importante observar as avaliações dos outros usuários. Preste atenção também ao tempo mínimo e máximo que você pode fazer o seu intercâmbio e os requisitos mínimos exigidos, pois alguns lugares têm critérios de idade e domínio de inglês ou italiano, por exemplo.

3. Graduação ou pós-graduação

A Itália pode não ser o primeiro lugar que você pensa quando quer fazer uma faculdade ou pós-graduação no exterior. Ainda assim, o país pode ser bastante vantajoso para quem deseja estudar fora.

Um dos principais atrativos é que os preços praticados pelas universidades italianas são mais baixos que em lugares como a Inglaterra ou os Estados Unidos. Na verdade, as universidades públicas da Itália levam em conta a sua renda familiar para determinar a tarifa anual que você deve pagar que varia entre 900 e 4 mil euros.

Já as universidades particulares cobram tarifas mais elevadas, que podem chegar aos 20 mil euros anuais. Porém, na Itália, não existe um tabelamento de preços e eles variam conforme o curso e a instituição. Outro ponto é que, em algumas universidades, alunos estrangeiros pagam tarifas mais altas que cidadãos europeus.

Além de serem mais econômicas, as universidades italianas têm muita qualidade. Se você busca cursos especialmente na área de Artes e Ciências Humanas, como Arquitetura ou Moda, esse pode ser o lugar ideal para você. As melhores universidades italianas são:

  1. Politécnico de Milão: 139.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  2. Universidade de Bolonha: 167.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  3. Universidade Sapienza de Roma: 171.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  4. Universidade de Pádua: 243.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  5. Universidade de Milão: 324.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  6. Politécnico de Turim: 325.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  7. Universidade de Pisa: 404.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  8. Universidade de Nápoles — Federico II: 416.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  9. Università Vita-Salute San Raffaele: 436.ª melhor universidade do mundo na lista da QS;
  10. Universidade de Trento: 457.ª melhor universidade do mundo na lista da QS.

4. Cursos de pequena duração

Se você não está com muito tempo para o seu intercâmbio ou apenas quer se aprofundar em uma área sem ter que fazer uma graduação ou pós, os cursos curtos podem ser uma boa solução. Essa modalidade está disponível em quase todas as universidades para diversas áreas.

Geralmente, na Itália, esses cursos levam ao menos duas semanas e acontecem no período do verão, por isso, estão muito associados às Summer Schools das universidades. Além deles, existem cursos semestrais que te especializam sobre temas específicos.

Uma das principais vantagens de escolher cursos de pequena duração é que muitos deles são ministrados em inglês. Além disso, geralmente, as seleções (quando acontecem) são mais simples que para os cursos tradicionais.

Outra grande vantagem de escolher um curso menor é que, caso ele tenha menos de 3 meses de duração, você não vai precisar de um visto para ir para a Itália. Porém, se você for ficar no país por mais de 90 dias vai precisar de um visto de estudante.

 

Onde fazer intercâmbio na Itália?

A Itália tem uma série de cidades famosas no mundo inteiro por serem importantes pontos turísticos. Seja pela arte, história, gastronomia ou pela moda, a Itália está repleta de boas opções para os viajantes.

Já no caso dos intercambistas, é preciso levar outras coisas em conta além das atrações da cidade. O instituto Quacquarelli Symonds faz uma lista com os melhores lugares do mundo para os intercambistas, o QS Best Student Cities.

Essa classificação avalia mais de cem cidades universitárias de todo o planeta. Entre os critérios estão: acessibilidade, interesse dos estudantes, opinião dos alunos que moram por lá, oportunidades de carreira e, claro, qualidade das instituições de ensino.

Na lista mais recente, 116 cidades foram classificadas. Destas, duas são italianas e estão entre as 100 primeiras posições. Com isso, de acordo com o QS, os melhores lugares para fazer um intercâmbio na Itália são: 

1. Milão

Milão é o lar da melhor universidade italiana, o Politécnico de Milão. Mas a universidade não é o único motivo para escolher estudar por lá. A cidade também é o centro financeiro da Itália e conta com muitas oportunidades para se desenvolver na sua carreira. Não é à toa que é a 46.ª melhor do mundo para estudantes.

Além de ser um polo econômico, Milão também é uma referência quando o assunto é cultura e entretenimento. Indo para lá, você terá acesso a muitas galerias de arte, teatro, cinemas, festivais e alta gastronomia. E se você gosta de moda, Milão é o seu destino ideal, já que a cidade é considerada uma das mais importantes do mundo neste ramo.

Milão é o melhor lugar para fazer intercâmbio na ItáliaMilão é o melhor lugar para fazer intercâmbio na Itália (foto: Pixabay).

Já com relação ao preço, Milão pode não ser tão vantajosa. Quando comparada com lugares como Londres e Amsterdam, a cidade italiana pode ser mais acessível. Afinal, as cinco universidades listadas entre as melhores do mundo da QS têm tarifa anual de cerca de 7 mil dólares.

Por outro lado, as taxas universitárias de outras cidades italianas, como Roma, podem ser mais baratas. O mesmo vale para o aluguel e o custo de vida. Milão é a cidade mais cara do país segundo o Expatistan.

2. Roma

A capital italiana foi classificada como a 69.ª melhor do mundo para estudantes, segundo o QS Best Student Cities 2022. A cidade tem três universidades na lista das melhores instituições de ensino superior do mundo da QS e é bem avaliada pelos alunos que moram lá.

Apesar de não ter uma economia tão aquecida quanto Milão, Roma é uma ótima opção para quem quer poupar dinheiro. Isso porque as tarifas cobradas pelas universidades romanas são bastante acessíveis, com uma média de mil dólares anuais.

Ainda assim, Roma pode ser uma cidade bastante cara. O Expatistan a coloca como a segunda com maior custo de vida entre as italianas. Mas o custo pode valer a pena se considerar que você vai estar em um grande centro cultural, histórico e gastronômico do mundo. 

intercâmbio-na-itália(Foto: Mark Yang/Public Domain Pictures)

Quanto custa um intercâmbio para a Itália?

É bastante difícil responder quanto um intercâmbio vai custar. Isso porque os seus gastos podem variar muito dependendo do tipo de viagem que você vai fazer. Por exemplo, brasileiros que vão passar até 90 dias na Itália não precisam de visto, porém, quem ficar por um período maior vai ter que gastar com a emissão do documento.

Já quem vai fazer um intercâmbio voluntário ou work and travel de menos de três meses não gasta nem com visto nem com hospedagem. Além disso, algumas alimentações e até benefícios como descontos em passeios e até gratuidade de aulas de idiomas podem estar inclusos.

Se você é das pessoas que querem ficar mais tempo no país, fazendo uma graduação ou pós-graduação, pode ter que pagar as taxas do curso, bem como seu custo de vida. Por outro lado, existem bolsas que podem cobrir quase todos os seus gastos, como moradia, alimentação, taxas universitárias e seguro saúde.

Talvez a forma menos econômica de fazer um intercâmbio na Itália seja fazer um curso de idiomas. Nesse caso, você vai ter que se preocupar com alguns gastos. Veja alguns valores possíveis na tabela:

Gasto (2 semanas)

Valor

Taxa de inscrição para curso de italiano

Entre 200 e 500 euros (aproximadamente 1.000 a 3.000 reais)

Passagem aérea São Paulo-Roma

A partir de 4 mil reais

Hospedagem no Airbnb

A partir de 2 mil reais

Custo de vida (Conforme proporção do Numbeo)

A partir de 2 mil reais

Seguro de saúde

Entre 400 e 1.200 reais

Total

A partir de 10 mil reais

Lembre-se de que esse é apenas um exemplo de gastos. O seu custo pode ser diferente dependendo da época do ano que você viajar, o lugar onde você vai ficar, que tipo de curso você vai fazer e outros fatores. Além disso, a tabela não leva em conta o valor mínimo que você precisa ter para entrar na Europa, que costuma ser 65 euros por dia.

Como fazer intercâmbio de graça?

Ao contrário do que pregam as agências, fazer um intercâmbio na Itália ou em qualquer outro lugar do mundo não precisa ser caro. Na verdade, muitas vezes é possível conseguir oportunidades internacionais incríveis com tudo pago ou investindo muito pouco.

Se você quer ficar por dentro das melhores oportunidades internacionais, precisa conhecer o programa M60. Lá, você aprende  com especialistas que já estudaram nas melhores universidades do mundo! São mais de mil aulas gravadas e encontros ao vivo todas as semanas.

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Ana Resende Quadros
AUTOR

Ana é jornalista, mestra e doutoranda em Comunicação. Sua paixão é levar informação e conhecimento para todos e, assim, contribuir para a ampliação da cidadania.

21 Jun 2022

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