A Alemanha é um país cheio de oportunidades. Por ser uma das principais economias da Europa, lá é um ótimo lugar para quem quer alavancar a carreira. Além disso, a Alemanha é uma excelente opção para quem quer estudar fora, já que as instituições alemãs estão entre as mais prestigiadas do mundo. Quer saber mais sobre elas? Então confira quais são as 10 melhores universidades da Alemanha! 

Quais são as melhores universidades da Alemanha?

O que não faltam são motivos para estudar na Alemanha. Além de um mercado de trabalho aquecido, o país tem um custo de vida razoável e, claro, ótimas instituições de ensino superior. Segundo o QS World University Rankings 2022, 46 das 380 universidades alemãs estão entre as melhores do mundo.

Desse total, três entraram para a lista das 100 melhores universidades do planeta. Já quando consideramos as 500 primeiras colocadas, 31 são alemãs. Aqui, você vai conhecer melhor como são as 10 melhores universidades do país!

1. Universidade Técnica de Munique

Posição no Ranking da QS: 50.ª

A Universidade Técnica de Munique (Technische Universität München), também conhecida como TUM, foi fundada em 1868 pelo rei Ludwing II. Desde sua origem a universidade se especializou em cursos nas áreas de STEM, com destaque para as áreas de Ciências Naturais e Engenharia.

O que é STEM e por que isso é tão importante?

Até hoje, a TUM tem uma atuação importante nesses campos. Segundo a lista do QS by Subject, os cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Física e Astronomia estão entre os 30 melhores do planeta.

 

Mesmo que as especialidades da Universidade Técnica de Munique tenham permanecido, muita coisa mudou desde a sua fundação. Entre as principais mudanças estão o tamanho e o prestígio da universidade.

O que começou como uma pequena instituição de 24 professores e 350 alunos é hoje uma referência mundial.  A TUM possui 11 departamentos acadêmicos comandados por mais de 600 professores que atendem cerca de 50 mil estudantes. Desses, em torno de 38% são intercambistas.

Além disso, a universidade faz parte da TU9, uma associação das nove universidades técnicas mais prestigiadas da Alemanha. Parte desse prestígio vem das pesquisas desenvolvidas por lá. Apenas em 2020 foram mais de 200 invenções criadas na TUM.

Um dos diferenciais da TUM é o seu incentivo ao empreendedorismo. Ela se autodenomina “Universidade Empreendedora” porque busca promover um ambiente favorável aos empreendedores iniciantes. Lá existem 183 cursos entre programas de graduação e pós-graduação disponíveis, incluindo alguns cursos que são ministrados em inglês!

2. Universidade Ruprecht-Karls de Heidelberg

Posição no Ranking da QS: 63.ª

Fundada em 1386, a Universidade de Heidelberg é a mais antiga da Alemanha, com mais de 630 anos de existência. Exatamente por isso, ela sofreu muita interferência da história do país. Durante o domínio nazista, por exemplo, a universidade perdeu quase 30% de seus professores por razões “raciais ou políticas”.

Foi apenas depois do fim da 2.ª Guerra que a universidade pode voltar a se expandir. Hoje, a instituição conta com uma estrutura de doze faculdades, que incluem Ciências Humanas, Direito, Ciências Sociais e Comportamentais, Ciências da Vida, Medicina e Ciências Naturais.

Além de trabalhar com campos diversos, a Universidade Ruprecht-Karls consegue manter a qualidade em todas elas. Cursos como o de História Antiga, Teologia, Medicina e Física estão entre os 50 melhores do mundo.

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Para manter toda essa qualidade, a universidade emprega mais de 8 mil funcionários, sendo que mais de 6 mil atuam no campo acadêmico. Esses profissionais atendem cerca de 30 mil estudantes. Os alunos internacionais também são bem-vindos, correspondendo a cerca de 18% do total de estudantes.

A universidade também participa de uma rede mundial de colaborações de ensino e pesquisa: são 25 parcerias institucionais com mais de 450 universidades em todo o mundo. Sendo assim, a Universidade de Heidelberg busca sempre a interdisciplinaridade e a cooperação na pesquisa.

3. Universidade Ludwig-Maximilians de Munique

Posição no Ranking da QS: 64.ª

Localizada no coração de Munique, a Ludwig-Maximilians-Universität München (ou LMU) é reconhecida como uma das principais instituições acadêmicas e de pesquisa da Europa. Ela já tem 550 anos de história, tendo sido fundada ainda em 1472. Desde então, a LMU tem atraído pesquisadores de todas as partes do planeta, deixando a instituição na vanguarda de ideias que mudam o mundo.

Um exemplo das inovações criadas na universidade são as pesquisas com raio-X, que renderam alguns prêmios Nobel para os professores da instituição. Falando dos docentes da Ludwig-Maximilians, uma curiosidade é que, no século XVIII, alguns professores de lá foram membros do grupo Illuminati.

 

O ensino por lá abrange várias áreas de estudo, desde Humanidades e Estudos Culturais até Direito, Economia, Ciências Sociais, Medicina e Ciências Naturais. Além disso, a LMU busca uma abordagem interdisciplinar intensa, para promover sempre a inovação.

Atualmente, a Ludwig-Maximilians tem mais de 50 mil alunos frequentando um dos 312 cursos oferecidos pela instituição. Para atender todas essas pessoas, a universidade emprega mais de 6 mil profissionais acadêmicos  e 780 professores.

Um dos destaques da instituição é a sua rede de parcerias. A Ludwig-Maximilians tem contatos com universidades de todo o planeta. Entre os quase 600 parceiros, estão nomes de peso como a Universidade de Cambridge, do Reino Unido.

4. Universidade Livre de Berlim

Posição no Ranking da QS: 127.ª

A Universidade Livre de Berlim, também conhecida como FU-Berlim, é a maior entre as quatro universidades da capital da Alemanha. Mesmo tendo sido fundada há menos de 100 anos, em 1948, a FU-Berlim é reconhecida como uma das principais instituições de ensino do país e da Europa continental.

O nome da universidade está muito associado à sua história. Durante a Guerra Fria, a tradicional Universidade Humboldt ficou do lado oriental do muro. Com isso, era necessário criar uma nova instituição de ponta para atender o lado ocidental. A inclusão do adjetivo “livre” servia para marcar a independência política da instituição.

(Foto: Torinberl/Wikimedia Commons)

Uma das principais características da Universidade Livre de Berlim é a preocupação com a modernidade. As pesquisas realizadas pela instituição buscam incentivar jovens cientistas e também as colaborações internacionais. Muitos dos projetos da FU-Berlim são desenvolvidos em centros de pesquisa colaborativos e de forma interdisciplinar.

Outro ponto interessante sobre a Universidade Livre de Berlim é sua quantidade de alunos estrangeiros. Dos 4 mil estudantes de doutorado, 36% vieram de fora da Alemanha. Na graduação e no mestrado, que juntos somam 30 alunos, os números são um pouco mais baixos. Nesse caso, os estudantes internacionais correspondem a 13% e 28% do total, respectivamente.

Essas pessoas se dividem entre os 178 cursos oferecidos pela FU-Berlim. Eles são oferecidos por quatro instituições centrais e abrangem 11 áreas do conhecimento. O melhor desempenho da universidade, segundo o QS by Subject é nas áreas de Humanidades e Ciências Sociais.

5. Universidade Humboldt de Berlim

Posição no Ranking da QS: 128.ª

A Humboldt-Universität zu Berlin foi fundada na capital alemã em 1810, e, desde então, busca ser "Mãe de todas as universidades modernas". No início, a universidade possuía quatro faculdades clássicas, sendo elas Direito, Medicina, Filosofia e Teologia. Em seu primeiro ano acadêmico, a instituição tinha 256 alunos e 52 professores.

Hoje em dia, no entanto, o número de estudantes já se aproxima dos 40 mil. Os professores, por sua vez, já somam mais de 2.500 contratados. O orçamento da universidade é de cerca de 400 milhões de euros, o que dá mais de 2 bilhões e 400 milhões de reais!

E você pode estar se perguntando o que a universidade faz com todo esse dinheiro não é mesmo? Além de manter as nove faculdades e seus 171 cursos de graduação e pós-graduação, a Universidade Humboldt investe em pesquisa.

A universidade se orgulha de não separar as Ciências Sociais e Humanas das demais ciências. Por isso, a universidade mantém projetos em diversos campos de pesquisas. Ao todo são 15 Centros de Pesquisa Colaborativa, 12 Grupos de Treinamento e Pesquisa e 5 Centros Interdisciplinares.

Apesar de investir em várias áreas do conhecimento, a Universidade Humboldt de Berlim tem um desempenho melhor nas Ciências Humanas. Por lá os maiores destaques são para os cursos de História Clássica, Geografia e Filosofia.

6. Instituto de Tecnologia de Karlsruhe

Posição no Ranking da QS: 136.ª

O Karlsruhe Institute of Technology (KIT) é uma universidade alemã com sede na cidade de Karlsruhe. Essa é uma das instituições mais recentes desta lista, já que o KIT foi fundado apenas em 2009. Mas podemos dizer que a história do instituto começou bem antes disso, ainda no século XIX.

Essa diferença de séculos acontece porque o KIT foi fundado a partir de outras duas importantes universidades alemãs. O antigo Centro de Pesquisa Karlsruhe se transformou no campus Norte do KIT. Já a Universidade Karlsruhe, fundada em 1825, se tornou o campus sul do novo instituto.

As principais áreas de estudo da universidade são as do STEM, ou seja, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Suas principais áreas de pesquisa incluem energia, mobilidade e informação. 

Dos mais de 23 mil anos do KIT, 14 mil estudam Engenharia, e quase 4 mil fazem cursos nas áreas de Matemática e Ciências Naturais. Mas isso não quer dizer que o KIT se dedique apenas a essas áreas. Entre os 101 programas de graduação e mestrado oferecidos existem também opções nos campos de Artes, Ciências Sociais, Direito e Economia.

Além da pesquisa, o KIT busca maneiras de se relacionar com a prática do mercado. Um exemplo disso é o Centro de Inovação e Empreendedorismo administrado pelo instituto. Ele oferece aconselhamento e recursos gratuitos para estudantes e ex-alunos que desejam iniciar seu próprio negócio.

7. Universidade Técnica de Berlim

Posição no Ranking da QS: 159.ª

A Universidade Técnica de Berlim só foi criada como é hoje em 1946. Naquele ano a universidade ganhou um novo nome que refletia sua separação das ideias preconceituosas que reinavam na instituição desde os anos 1930 até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Porém, a história da universidade começou bem antes disso. Antes de receber o título de primeira universidade técnica da Alemanha, a instituição se chamava Academia Técnica Real. Ela foi criada em 1879, a partir da fusão da Academia Real de Mineração (de 1770) e da Academia Real de Construção (de 1799).

(Foto: Gunnar Klack/Wikimedia Commons)

A então Academia Técnica Real foi a primeira entre as universidades alemãs que puderam conceder o título de doutor a seus alunos. Esse reconhecimento veio devido à importância da universidade na formação dos engenheiros alemães da época. Até então, os engenheiros não tinham tanto prestígio acadêmico, ainda que fossem vitais para a economia do período.

Atualmente, a universidade atende mais de 30 mil alunos nos seus cursos de graduação, mestrado e doutorado. Dentre esses, cerca de 25% dos estudantes são estrangeiros. Para atender todas essas pessoas, a instituição emprega quase 8 mil funcionários.

Com o lema “Temos os cérebros do futuro. Para o benefício da sociedade”, a instituição de fato se destacou e continua a se destacar nos campos do STEM. A Universidade Técnica de Berlim é uma das 100 melhores do mundo para quem quer estudar Engenharia e Tecnologia segundo o QS by Subject.

8. Universidade Técnica de Aachen

Posição no Ranking da QS: 165.ª

A Universidade Técnica de Berlim pode até ser a mais antiga das universidades técnicas, mas a maior delas é a Universidade Técnica de Aachen. A instituição, também conhecida como RWTH Aachen, foi criada em 1858 pelo então príncipe da Prússia.

Na época, o príncipe havia recebido uma doação generosa de uma empresa na região da Renânia. Por isso, ele decidiu utilizar essa verba para a criação do primeiro instituto de tecnologia da região.

(Foto: Aleph/Wikimedia Commons)

Em um primeiro momento, a instituição não era muito reconhecida pela sociedade. Porém, isso mudou a partir do final do século XIX, quando ela foi reconhecida como uma Universidade, podendo conceder diplomas.

Hoje a universidade oferece 166 cursos entre programas de graduação e pós-graduação. O prestígio da RWTH pode ser medido pela quantidade de estudantes que escolheram a instituição. Atualmente, a universidade conta com quase 50 mil alunos, dos quais mais de 12 mil vieram de outros países.

Além de se dedicar à educação, a RWTH tem uma importante atuação no campo de pesquisa. A instituição mantém 23 Centros de Pesquisa Colaborativos e 36 Programas de Treinamento de Pesquisa.

Como esperado de uma universidade técnica, a especialidade da RWTH são as áreas de Engenharia e Ciências Naturais. A instituição também tem estudos de excelência sobre combustíveis, internet e computação quântica.

9. Universidade de Freiburg

Posição no Ranking da QS: 172.ª

A Universidade de Freiburg foi fundada em 1457 com muita influência religiosa. A própria criação da universidade aconteceu na Catedral de Feiburg. Além disso, os primeiros cursos oferecidos pela instituição eram os de Teologia, Direito e Medicina. Todos eles eram lecionados em latim, a língua da Igreja.

Uma das características mais marcantes da história da Universidade de Freiburg é a sua influência católica. Durante a Reforma Protestante, houve um intenso debate na universidade, que acabou declarando sua lealdade ao catolicismo. Mais tarde, os Jesuítas construíram o primeiro prédio da universidade, conhecido hoje como Velha Universidade.

(Foto: Andreas Schwarzkopf/Wikimedia Commons)

Até hoje o curso de Teologia da Universidade de Freiburg está entre os 100 melhores do mundo. Porém, esta não é a única área em que a instituição se destaca. Os cursos de Odontologia, História Antiga e Literatura também são reconhecidos internacionalmente.

A universidade oferece 288 campos de estudo distribuídos por suas 11 faculdades e mais de 100 departamentos e institutos. Toda essa estrutura é responsável pela educação de quase 25 mil alunos, mais de 4 mil deles são internacionais.

Como as demais universidades alemãs, a de Freiburg também desenvolve pesquisa de excelência. Prova disso é que, ao longo dos anos, 10 vencedores do Prêmio Nobel frequentaram a Universidade de Freiburg, seja como alunos ou como professores. 

10. Universidade de Tubinga

Posição no Ranking da QS: 177.ª

Com mais de 500 anos de existência, a Universidade de Tubinga tem três princípios: ser inovadora, interdisciplinar e internacional. Quando surgiu, em 1477, a universidade contava com quatro cursos: Direito, Filosofia, Medicina e Teologia.

Ao longo dos séculos a universidade foi o lar de grandes nomes da ciência mundial. Alguns dos mais conhecidos foram Johannes Kepler (famoso por estudar a órbita dos planetas), Friedrich Hegel (responsável pelo desenvolvimento do idealismo absoluto) e Alois Alzheimer (que estudou a doença que leva seu nome).

(Foto: Max Sorglos/Wikimedia Commons)

Além da tradição de ser a quinta universidade mais antiga da Alemanha, a Universidade de Tubinga é muito reconhecida pela pesquisa que desenvolve. Ela tem mais de 300 parcerias com universidades europeias e mais de 200 com instituições de outros lugares do mundo.

Atualmente a Universidade de Tubinga mantém 109 cursos de graduação e 132 programas de pós-graduação. Esses cursos atendem um total de mais de 27 mil alunos, sendo que cerca de 3.600 deles são internacionais.

As especialidades da instituição são os cursos de Teologia, Arqueologia, Antropologia, História e História Antiga. Porém, a universidade também mantém projetos de ponta no estudo de aprendizado de máquinas, medicina molecular e tecnologia médica, nanociência e teologia islâmica.

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Este texto foi escrito por Lucas Almeida (2019) e Ana Resende Quadros (2022)