Como tirar o visto de estudante australiano?

Pensando em estudar na Austrália? Para embarcar, é preciso do visto — um documento que autoriza a permanência naquele país.

Para intercâmbios mais curtos, o documento pode ser solicitado como turista e permite a permanência por 90 dias. Essa é uma ótima opção para quem vai fazer um curso de idiomas ou summer course. 

Já para quem  for fazer um intercâmbio na Austrália por mais de 3 meses, só um visto de turismo já não é o suficiente para poder frequentar as aulas. Por isso, se esse for o seu caso, você vai precisar tirar um visto de estudante australiano. 

Então, como fazer para dar entrada nesse visto? E o que é preciso? Explicamos isso aqui nesse texto e ainda separamos outras informações importantes para você se preparar para seu intercâmbio na Oceania! 

Esse é um dos destinos mais buscados quando falamos de intercâmbio e, por isso, uma boa preparação faz toda diferença para estudar por lá com bolsa de estudos. Se você quer ser aprovado para uma oportunidade como essas, nossa mentoria pode te ajudar.

Confira agora os detalhes do visto de estudante na Austrália:

(Ivan Samkov/Pexels)

O que é o visto de estudante australiano?

O visto de estudante australiano é o documento que vai permitir que você fique no país por mais de 90 dias. Essa autorização é necessária para ter acesso a todos os serviços australianos, bem como garantir que você está na Austrália de forma totalmente legal. 

Esse tipo de visto é adequado para aqueles que desejam fazer um curso em tempo integral e registrado pelo governo australiano. Para que um curso seja registrado pelo governo da Austrália, é necessário que seja ministrado por uma instituição de ensino autorizada a receber estudantes estrangeiros e registrada no Commonwealth Register of Institutions and Courses for Overseas Students (CRICOS). 

Também é importante ter em mente que o visto não pode ser emitido com muita antecedência. É que, de acordo com o setor de imigração australiano, os vistos de estudo devem ser emitidos com, no máximo, 3 meses de antecedência do início do curso. 

Portanto, se suas aulas começam em setembro, você pode emitir o documento em julho. Porém, você já deve ter em mãos o comprovante do aceite no curso ou na universidade para dar entrada no processo. Esse documento é fundamental para direcionar a modalidade do visto e também garantir a aprovação. 

Posso levar meus familiares durante os estudos na Austrália? 

Sim, mesmo para um visto de estudante, é possível incluir dependentes familiares no requerimento de visto principal. Entretanto, só podem ser adicionados ao pedido de visto aqueles familiares que dependem de você ou o cônjuge. 

Ou seja, marido ou esposa; filhos menores de 18 anos ou filhos maiores de idade com dependência financeira podem ser incluídos no pedido de visto para acompanharem seu intercâmbio de estudante na Austrália. 

Mas é preciso atenção: qualquer dependente incluído no requerimento que estiver em idade escolar (entre 5 e 18 anos) e pretende permanecer na Austrália por mais de 3 meses, deverá ser matriculado em uma escola australiana. Portanto, se você tem filhos e vai estudar na Austrália por mais de 90 dias, também deve incluir a matrícula das crianças ou a carta de oferta. 

Para cada membro da família é preciso apresentar um determinado comprovante de renda. Os valores que apresentamos abaixo valem apenas para o estudante e, se você vai embarcar com dependentes, é preciso verificar os valores adicionais para cada familiar. 

O que é preciso para dar entrada no visto de estudante australiano? 

Envio do requerimento e documentos necessários

Existem duas formas de fazer o requerimento do visto de estudante australiano: o meio convencional e o eletrônico. A forma de envio, então, vai variar de acordo com o curso escolhido pelo candidato. 

No caso de cursos de 1º ou 2º grau, graduação, pós-graduação e preparatórios, o requerimento é feito por meio eletrônico. Já no caso de cursos de inglês e técnicos, o requerimento é convencional, ou seja, feito de forma presencial, direto na embaixada australiana no Brasil.

Em ambos casos, para que os requerimentos sejam analisados, o interessado deve incluir documentos obrigatórios. Além deles, você pode precisar enviar alguns outros documentos para comprovar alguns requisitos que podem ser feitos pela embaixada de forma adicional.

Os itens obrigatórios são:

• Passaporte assinado e válido e passaportes anteriores, se já houver viajado ao exterior;
• Formulário de solicitação preenchido e assinado, com um foto 3x4 anexada
• Comprovante da matrícula (CoE – Certificate of Enrollment)
• Comprovante de Cobertura de Saúde de Estudantes Estrangeiros (OSHC - Overseas Student Health Cover);
• Comprovante de pagamento da taxa de requerimento
• Declaração financeira: no requerimento será necessário comprovar que você tem fundos para se manter na Austrália. Para isso, a embaixada australiana disponibiliza alguns valores que são o mínimo para serem apresentados no pedido do visto. Por exemplo, você vai ter que anexar as passagens de ida e volta à Austrália, comprovar que você tem dinheiro para custear o curso e mais 21 mil dólares australianos (cerca de 68 mil reais) por cada ano que for passar no país. 

Se você for estudar com uma bolsa de estudos, vai precisar apresentar o seu contrato de bolsa e, caso o seu auxílio não cubra todos os custos do curso, ainda terá que comprovar que tem o suficiente para pagar o restante. Para cursos com duração acima de um ano, o interessado também deverá apresentar os comprovantes de recursos financeiros pelo período restante do curso.

Requerentes que possuem bolsas deverão apresentar o contrato da bolsa de estudo. Em caso de a bolsa de estudo não cobrir todos os custos, o requerente deverá apresentar disponibilidade de recursos próprios.

Não se esqueça que a declaração tem que ser feita já com os valores convertidos para dólar australiano. Os demais documentos devem estar atualizados e podem ser enviados tanto no original quanto cópia simples ou autenticada. 

(Spacestation via Giphy)

Geralmente, a seguinte documentação pode ser solicitada com o requerimento de visto de forma adicional: 

•  Carta do empregador informando cargo, tempo de serviço, salário e período de férias/licença ou contrato social da empresa;
• Comprovante de matrícula da escola ou universidade no Brasil;
• Carta convite de um familiar ou amigo na Austrália (na forma de Statutory Declaration);
• Comprovante de reserva (pela agência de turismo ou companhia aérea);
• Três últimos contracheques; 
• Declaração de imposto de renda; 
• Extratos bancários de conta corrente ou investimentos dos três últimos meses; 
• Recibos de compras de moeda estrangeira; 
• Extratos de cartão de crédito dos três últimos meses.

O Departamento de Imigração pode solicitar ainda outros documentos complementares. E, de acordo com a embaixada, os requerimentos de visto apresentados de forma completa costumam ser finalizados com mais agilidade. Já os pedidos com documentos em falta podem atrasar ou até mesmo serem negados. 

É fundamental ficar atento a toda a documentação porque a embaixada não costuma solicitar os documentos faltantes caso o pedido do visto esteja incompleto.

(Canva Studio/Pexels)

Qual a duração do visto de estudante? 

O visto de estudante australiano tem validade pelo período de duração do curso e mais um ou dois meses. Esse período adicional é reservado para o estudante poder se matricular em outro curso no país ou viajar a lazer.

De acordo com a embaixada australiana, se o curso tem a duração de 10 meses ou menos, o estudante pode ficar, geralmente, por mais um mês. Já se as aulas são de mais de 10 meses, o visto costuma permitir uma permanência de mais dois meses além do prazo de aulas. 

Algumas exceções podem ser aplicadas, caso o curso termine em novembro ou dezembro, então o visto, normalmente, permite uma estadia até dia 15 de março do ano seguinte.

Caso tenha viajado com familiares, como vimos acima, os dependentes podem permanecer pelo mesmo período, mas não podem ficar depois da saída do requerente principal. 

 

 

 

 

 

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É possível trabalhar com o visto de estudante australiano?

Sim! Todas as pessoas com um visto de estudante podem trabalhar em solo australiano. Porém, algumas exigências devem ser cumpridas para garantir o cumprimento das autorizações australianas. 

Por exemplo, geralmente, só é permitido trabalhar por  20 horas semanais quando o curso está em andamento e o estudante pode dar início ao trabalho apenas quando as aulas já tiverem começado. 

Essa limitação nas horas de trabalho está suspensa e, até 30 de julho de 2023, os estudantes podem ampliar a jornada de trabalho. A expectativa do governo australiano é que, no ano que vem, os estudantes tenham limite nas horas trabalhadas para não prejudicar o desempenho nas aulas. 

A exceção costuma ser quando o aluno estiver em período de recesso. Nesses casos, durante as férias, você vai poder trabalhar em período integral.

A autorização para conciliar trabalho e estudo na Austrália sofreu uma mudança e, desde 26 de abril de 2008, é fornecida junto com a aprovação do visto, na Embaixada da Austrália em Brasília. 

Anteriormente, era preciso fazer um novo requerimento na Austrália, mas a mudança facilitou bastante para quem quer trabalhar e estudar no país. 

Atenção: outras exigências do visto australiano 

Ainda existem algumas outras exigências que devem ser cumpridas após a emissão do visto de estudante australiano. 

É preciso manter uma frequência aceitável no curso e progredir suficientemente nos estudos. Além disso, o estudante precisa informar à sua instituição de ensino, em até 7 dias após a chegada no país, o endereço de onde irá morar.

Eu posso mudar de curso quando estiver na Austrália? 

Essa é uma dúvida comum entre os estudantes. Será que posso me transferir entre as universidades australianas, se não estiver gostando da área escolhida ou da instituição de ensino? 

A resposta é sim, desde que seja dentro do mesmo nível de ensino. Isso significa que se, por exemplo, você está cursando a graduação, a matrícula deve ser transferida para outra graduação. 

Desde julho de 2007, é permitido mudar de instituição educacional durante o primeiro ano dos estudos sem prejudicar o visto de estudante, desde que seja no mesmo nível de qualificação.

Portanto, se o estudante desejar mudar o nível de qualificação, deverá ser requerido um novo visto, uma vez que a subclasse do visto vai ser alterada. Por exemplo, se recebi um visto para fazer um curso de idiomas e decidi cursar uma pós-graduação, vou precisar realizar um novo pedido de visto. 

E posso continuar meus estudos na Austrália?

Você foi fazer um intercâmbio de 3 meses, por exemplo, mas curtiu tanto a terra dos cangurus que decidiu ampliar a estadia e continuar estudando por lá. Será que é permitido? 

O estudante pode sim continuar seus estudos na Austrália, entretanto, será preciso requerer outro visto de estudo. E para isso, deverão ser apresentados os mesmos documentos que foram pedidos inicialmente.

Claro que o processo fica ainda mais simples quando já se tem a experiência e a facilidade de acesso à documentação necessária. 

Para esclarecer dúvidas, os estudantes podem entrar em contato diretamente com a Embaixada da Austrália no Brasil, que fica localizada em Brasília. O contato pode ser feito por e-mail pelo endereço bras.passports@dfat.gov.au. Além da embaixada, no Brasil temos dois consulados: o consulado geral em São Paulo e o consulado honorário no Rio de Janeiro. 

 

 

Intercâmbio com a UDI na Austrália 

Agora você já sabe como pode tirar o visto de estudante australiano. Mas temos uma dica de ouro: sabia que o processo de solicitar o visto fica muito mais fácil quando se tem em mãos a carta de aceite no curso ou na universidade desejada? Além de ser essencial no processo para indicar qual o tipo de visto, a aprovação também aumenta as chances do visto ser aceito!

Por isso mesmo, que tal começar a se preparar para conquistar sua oportunidade na Austrália ou em qualquer outro lugar no mundo? A nossa mentoria especializada tem o conteúdo mais completo para conquistar o sucesso nesse processo. 

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*Texto escrito por Lucas Almeida (2020) e Elaine Maciel (2022).