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Prova de proficiência: como (e por que) determinar o seu nível em um idioma?

Quando se trata de descrever o quão bem você fala uma língua estrangeira, a resposta quase nunca é tão direta quanto um "Eu sou fluente!". Seu nível de habilidade está provavelmente em algum lugar entre saber apenas algumas palavras básicas e a total fluência, e pode acreditar que existe um vasto meio-termo entre esses dois extremos. Felizmente, existem algumas escalas e provas de proficiência amplamente utilizadas para medir a sua capacidade de falar um idioma estrangeiro.

No texto de hoje você irá aprender quais escalas (e quais exames correspondentes) são os ideias para você.

Escalas de proficiência em idiomas

Existem várias escalas que você pode usar para avaliar sua proficiência no idioma, todas com siglas complicadas. Então, qual você deve escolher? Bem, isso depende basicamente de duas coisas: qual o seu objetivo em utilizar a escala e onde você deseja aplicá-la.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, por exemplo, as escalas mais comuns são a Interagency Language Roundtable (ILR) e a American Council on the Teaching of Foreign Languages scale (ACTFL).

A ILR, que foi desenvolvida pelo Instituto de Serviço Estrangeiro do país, é uma escala de cinco níveis:

  • Proficiência elementar (S-1)
  • Proficiência de trabalho limitada (S-2)
  • Proficiência de trabalho profissional (S-3)
  • Total proficiência profissional (S-4)
  • Proficiência nativa ou bilíngue (S-5)

Essa é a medida padrão de proficiência de idiomas utilizada para cargos no governo federal americano, por exemplo. 

Já a escala ACTFL foi desenvolvida a partir da ILR, mas é um pouco mais granular. Possui cinco níveis principais (Iniciante, Intermediário, Avançado, Superior e Distinto), e cada um dos primeiros quatro níveis são divididos em subníveis baixo, médio e alto. Isso permite uma avaliação de proficiência muito mais específica. De acordo com o site da ACTFL, essa escala é destinada para ser utilizada em avaliações globais em ambientes acadêmicos e profissionais.

Europa

Já na Europa, a escala mais comumente utilizada para definição de competências linguísticas é a do Quadro Europeu Comum de Referência (CEFR). Essa é uma escala de seis pontos, dividida em três grupos principais:

  • Usuário básico (A)
  • Usuário independente (B)
  • Usuário proficiente (C)

Cada um desses grupos é dividido em dois subníveis: A1 e A2, B1 e B2 e C1 e C2. Você vai precisar utilizar essa escala se estiver planejando conseguir um emprego na Europa ou se matricular em uma universidade do Velho Continente que exija domínio de algum idioma.

(Foto: Ben White/Flickr)

Como escolher a prova de proficiência?

Você pode escolher uma escala e confiar na autoavaliação para definir seu nível de habilidade em um segundo idioma, mas uma forma mais empírica de determinar onde você se encaixa é fazer um prova de proficiência. 

Há uma série de testes disponíveis que fornecem resultados com base nas várias escalas, então a melhor jogada é provavelmente selecionar um exame com base na escala que você gostaria de utilizar (e, claro, o idioma que você está aprendendo).

Um dos exames de idioma mais abrangentes e comumente usados ​​nos Estados Unidos é o ACTFL Assessment of Performance toward Proficiency in Languages (AAPPL). Esse teste avalia a leitura, escrita, audição e fala em francês, alemão, coreano, árabe, chinês, português, russo, espanhol, hindi, italiano, japonês, tailandês e inglês como segunda língua. Como o nome indica, o AAPPL é baseado na escala ACTFL.

Outros exames variam de acordo com o idioma. O TELC (alemão), TCF (francês) e TORFL (russo) são baseados na escala CEFR, e o SOPI (espanhol) é baseado na escala ACTFL. Se você está aprendendo inglês como segunda língua, o exame mais popular é o TOEFL, que usa sua própria escala de sete níveis para pontuação.

Por que sua proficiência no idioma é importante?

Você pode estar se perguntando por que deveria se preocupar em pagar para fazer um exame demorado só para saber que está em um nível "médio superior" de francês, inglês, espanhol ou qualquer outro idioma. Por que você não pode, por exemplo, apenas dizer que é "bom suficiente" no idioma x? Bem...existem algumas razões para isso!

Primeiro, os empregadores e as universidades geralmente exigem uma medida quantificável de suas habilidades no idioma. Ser “meio fluente” é bastante inútil em um currículo ou inscrição para um programa de pós-graduação, entre diversas outras coisas. Ter uma maneira universal de "medir" a sua proficiência em algum idioma pode te ajudar a se destacar em um campo lotado de candidatos a empregos ou oportunidades acadêmicas. 

Em segundo lugar, se você sabe um outro idioma, mas não o estuda há algum tempo, uma prova de proficiência pode te ajudar a descobrir como voltar a aprender. Se você estudou inglês durante o Ensino Médio, por exemplo, talvez não precise começar do zero. Um exame de proficiência no idioma permitirá que você retome o aprendizado sem ter que voltar para o básico do aprendizado. 

O terceiro ponto é que uma prova de proficiência é na verdade uma grande motivação para acelerar o aprendizado de um idioma. Isso porque se você tiver que reservar um tempo para estudar para um desses testes, não poderá mais adiar a prática de suas habilidades na língua. É uma grande oportunidade para você ficar motivado e levar as suas habilidades para um próximo nível. 

Universidade do Intercâmbio

Agora ficou mais fácil entender por que fazer uma prova de proficiência (e ficar atento aos diferentes tipos de escalas) é importante para determinar o seu nível em outros idiomas? Depois que você passar por essa fase, ficará um passo mais próximo de conseguir realizar o sonho de trabalhar ou estudar fora do Brasil. E advinha só? Você pode contar com o apoio da nossa mentoria especializada para fazer isso. Quer saber como? Então clique aqui para fazer o nosso teste de perfil e entrar para o nosso time de mentorados. Nossas vagas são limitadas, então não deixe pra amanhã!

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Rafael Cerqueira
AUTOR

Rafael é um jornalista baiano apaixonado por viagens. Estudou em Minas e Portugal. Viveu em São Paulo e na Argentina. Conheceu 26 países (e culturas), mas não pretende parar por aí. 

15 Abr 2021

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