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7 países para estudar de graça ou pagando pouco

Quem sonha em fazer um curso de graduação no exterior tem uma grande preocupação: como pagar por isso? Muita gente conhece as bolsas universitárias com financiamento integral, mas você sabia que em alguns países é possível estudar de graça ou pagando pouco? Países como a Alemanha, a Áustria, a Finlândia, Noruega e Suécia oferecem diferentes tipos de planos de ensino gratuitos ou com valores de mensalidades baixas até mesmo para estudantes internacionais. Hoje nós vamos te apresentar alguns deles!

Melhores países estudar de graça ou pagando mensalidades baixas

Não há dúvidas de que países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália tem um ensino de excelente qualidade, além da facilidade de terem o inglês como língua nativa. Mas eles têm um problema: cobram taxas bastante altas dos seus alunos. É muito difícil conseguir estudar por lá sem uma bolsa de estudos (sorte que tem muitas disponíveis, né?).

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Mas se você acha o caminho em busca de uma bolsa de estudos muito difícil ou mesmo se prefere a garantia de um ensino gratuito e de qualidade somado a uma experiência internacional, chegou a hora de descobrir sete países com ensino superior gratuito!

1. Alemanha

Alemanha é um dos principais países da Europa, com grande importância política e econômica no mundo inteiro. Mas uma das principais vantagens de quem quer estudar por lá é o preço. A grande maioria das universidades públicas alemãs não cobra taxas de ensino para programas de bacharelado e mestrado continuado, inclusive para estudantes internacionais.

Só pra esclarecer: esse tipo de mestrado é aquele feito junto com a graduação, prática muito comum na Europa para cursos como Medicina e Arquitetura, que até no Brasil tem duração maior. Já para quem pretende fazer mestrado não-continuado, a maioria das universidades alemãs cobra mensalidades. Mas elas também não são tão altas como em outros países da Europa.

Além dos mestrados convencionais, existe outra exceção para a gratuidade dos cursos superiores na Alemanha: o estado de Baden-Württemberg. Lá, alunos de graduação e mestrado que vêm de fora da União Europeia pagam por volta de 1500 euros de mensalidade. 

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Embora não cobrem o preço fixo todos os meses, em alguns outros estados alemães as universidades cobram uma contribuição semestral entre 50 e 150 euros (entre 300 e 1000 reais) e/ou uma taxa administrativa no mesmo valor.

Por outro lado, os cursos de doutorado por lá são gratuitos para alunos de todas as nacionalidades. Mas, assim como estudantes de graduação, os doutorandos precisam pagar por uma contribuição semestral no valor de 150 a 200 euros (955 a 1.275 reais). A boa notícia é que esses estudantes geralmente trabalham em projetos de pesquisa remunerados ou recebem bolsas de estudos.

A Alemanha tem três universidades públicas entre as 100 melhores do mundo:

  1. Universidade Técnica de Munique (50ª posição global);
  2. Universidade de Munique Ludwig-Maximilians (63ª posição global);
  3. Universidade de Heidelberg Ruprecht-Karls (64ª posição global).

2. Argentina

Assim como acontece no Brasil, os cursos de graduação das universidades públicas argentinas são gratuitos. Além disso, eles são muito mais fáceis de ingressar do que os brasileiros, já que não exigem prova de vestibular e sim um ciclo básico que deve ser completado em um tempo máximo de cinco anos.

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E se engana quem pensa que isso resulta em uma perda de qualidade. A Universidade de Buenos Aires é a melhor em língua espanhola e a 66ª melhor do planeta, superando todas as universidades brasileiras e até de países como Portugal e Espanha. Seu curso de Medicina, por exemplo, é reconhecido como excelente pelo mundo inteiro.

Vale notar que, apesar dos cursos de graduação serem gratuitos, a mesma regra não vale para os cursos de pós-graduação. Fazer um mestrado na Universidade de Buenos Aires na área de direito pode custar até 400 mil pesos argentinos no total, o que daria mais de 22 mil reais.

3. Áustria

Assim como outros países europeus, a Áustria oferece educação superior totalmente gratuita para os estudantes austríacos ou com passaporte de algum dos países da União Europeia. Porém, apesar de as universidades públicas da Áustria não serem totalmente gratuitas para os demais estrangeiros (como os brasileiros) elas cobram mensalidades baixas, principalmente se comparado ao padrão europeu.

Os brasileiros e demais estudantes internacionais pagam, em média, 726,72 euros por semestre (cerca de 4.630 reais). Além disso, também é cobrada uma taxa de seguro estudantil no valor de 20,20 euros (por volta de 130 reais). Mas estrangeiros em programas de intercâmbio ou originários de uma universidade parceira podem ficar isentos de pagar esse valor.  O mesmo pode acontecer com estudantes de países menos desenvolvidos.

A melhor universidade austríaca é a Universidade de Viena, que conseguiu a 150ª posição global no QS World University Ranking. Essa universidade pública da Áustria se destaca, especialmente, na área de Comunicação e Estudos de Mídia, na qual é considerada a 24ª melhor instituição do mundo.

Mensalidades-baixas-Áustria. Viena, capital da Áustria.

4. Estônia

A Estônia, é outro país europeu que não cobra taxas de seus estudantes, independente da sua nacionalidade. Mas tem um detalhe: para concorrer a uma vaga sem taxas é preciso saber falar a língua do país, a língua estoniana. Caso você não saiba nem tenha interesse em aprender esse idioma, é possível participar de programas de graduação e mestrado ensinados em inglês, porém esses cursos são pagos.

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Cada universidade é livre para definir um valor, que pode variar conforme a nacionalidade do estudante e o curso a que ele se candidatar. Normalmente essas taxas variam entre 1660 e 7500 euros anuais (entre 10.600 e 50 mil reais, aproximadamente). Porém, cursos como Medicina chegam a custar 12 mil euros por ano (ou seja, por volta de 76 mil reais).

Porém, a boa notícia é que os cursos de doutorado na Estônia são inteiramente gratuitos, independente do idioma oferecido ou da sua nacionalidade. Alguns são até mesmo considerados como trabalhos remunerados. Então essa pode ser uma opção mais vantajosa para quem quer estudar por lá. A melhor universidade do país é a Universidade de Tartu (285ª classificada no mundo), localizada na cidade de mesmo nome que fica a cerca de 200km da capital Tallinn.

5. Finlândia

Os finlandeses e cidadãos da União Europeia podem aproveitar tarifas gratuitas para estudar na Finlândia. Na verdade, até 2017 não eram cobradas mensalidades nas universidades finlandesas para nenhum nível de ensino. Mas a partir dessa data os programas de graduação e mestrado em inglês deixaram de ser gratuitos para estudantes não pertencentes à União Europeia.

Para fazer cursos em inglês na Finlândia, um brasileiro precisa desembolsar uma quantia anual entre 4 mil e 18 mil euros (entre 25 mil e 115 mil reais, aproximadamente). Porém, cursos ensinados em filandês continuam gratuitos. Outra opção é recorrer a uma bolsa. As universidades finlandesas oferecem bolsas de estudos para alunos superdotados de qualquer país admitidos em seus programas de graduação e mestrado.

Os cursos de doutorado, no entanto, permanecem gratuitos para todos os estudantes. Isso vale para os cursos lecionados em inglês ou nas línguas nativas da Finlândia (finlandês e sueco). As únicas taxas cobradas de todos os alunos é uma filiação à associação de estudantes, que varia de 80 a 100 euros (ou seja, entre 510 e 640 reais aproximadamente).

A Finlândia tem 8 de suas universidades entre as 500 melhores do mundo. As cinco melhores instituições finlandesas são públicas, ou seja, seguem as regras que passamos aqui. São elas:

  1. Universidade de Helsinki (104ª colocação mundial);
  2. Universidade Aalto (127ª colocação mundial);
  3. Universidade de Torku (287ª colocação mundial);
  4. Universidade de Jyväskylä (333ª colocação mundial);
  5. Universidade de Oulu (408ª colocação mundial).

Mensalidades-baixas-Finlândia Helsink, capital da Finlândia.

6. Noruega

As universidades e faculdades estatais da Noruega, como regra, não cobram mensalidades. E isso se aplica para estrangeiros na graduação, mestrado ou doutorado. Algumas dessas universidades cobram uma taxa semestral que varia de 300 a 600 coroas norueguesas (190 a 400 reais, aproximadamente).

Além disso, é possível encontrar programas especializados de algumas instituições, geralmente de mestrado, que cobram taxas. Já as universidades privadas norueguesas cobram mensalidades em todos os programas e cursos. No entanto, os preços costumam ser mais baixos que a média dos outros países europeus. E, ao contrário do que acontece em muitos lugares, esses valores não aumentam para estudantes internacionais. Outra vantagem é que é possível solicitar bolsas para cobrir seus custos de vida no país.

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A melhor universidade do país é a Universidade de Oslo, na capital da Noruega. Essa instituição pública foi considerada a 113ª melhor do mundo. Sua especialidade é o curso de Antropologia, que é considerado o 33º melhor do planeta pelo ranking QS.

7. Suécia

A Suécia não cobra taxas para os estudantes nativos ou da União Europeia. Porém, quem não nasceu por lá nem tem cidadania europeia tem que pagar taxas de inscrição e mensalidades. Essas taxas aplicadas para estudantes não-europeus em nível de graduação ou mestrado custam entre 80 mil e 295 mil coroas suecas, ou seja, entre 50 e 250 mil reais por ano, fora as 900 coroas para a matrícula (cerca de 600 reais).

No entanto, um número significativo de universidades e a The Swedish Institute oferecem bolsas de estudos integrais e parciais convertidas no valor das mensalidades para estrangeiros. Ou seja, mesmo para cursos de graduação e mestrado é possível estudar de graça por lá.

Mas o ensino que é de fato gratuito para todas as pessoas do mundo são os cursos de doutorado. Além de não cobrarem taxas para nenhuma nacionalidade, os cursos de doutorado na Suécia geralmente são oferecidos como vagas remuneradas por universidades ou órgãos externos de financiamento. Isso significa que, caso você consiga uma vaga de doutorado na Suécia, além de não pagar nenhuma taxa, também receberá um salário mensal.

As universidades públicas mais conceituadas do país são:

  1. Universidade Lund (97ª melhor do mundo);
  2. Instituto Real de Tecnologia KTH (98ª melhor do mundo);
  3. Universidade Uppsala (124ª melhor do mundo).

Nenhum outro país oferece ensino gratuito?

Na verdade, muitos países além do Brasil oferecem ensino gratuito ou, pelo menos, acessível, para os nativos daquele país. Na Islândia e Turquia, por exemplo, o ensino também não é cobrado nem de estrangeiros nem de nativos. Na Dinamarca, os dinamarqueses também não pagam pela educação superior. Já em lugares como a França, Espanha, Portugal e Reino Unido, o valor pago pelos nativos é muito menor do que o pago por estrangeiros. Mas se seu sonho é ir para um desses países, não desanime, pois mesmo neles é possível conseguir maneiras de estudar de graça.

Universidade do Intercâmbio

Tá vendo? Além do Brasil existem países onde é possível estudar de graça ou pagando pouco. Essa é, com certeza, uma prova de que o intercâmbio é mais acessível do que se imagina. Imagina estudar em uma das excelentes universidades desses países e de graça? Não deixe esse plano só na imaginação! Encontre a sua oportunidade dos sonhos no exterior com o apoio da mentoria especializada da Universidade do Intercâmbio. Faça agora mesmo o seu teste de perfil clicando aqui e junte-se ao nosso time de mentorados!

Este texto foi escrito por Rafael Cerqueira (2019) e Ana Resende Quadros (2021).

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Rafael Cerqueira
AUTOR

Rafael é um jornalista baiano apaixonado por viagens. Estudou em Minas e Portugal. Viveu em São Paulo e na Argentina. Conheceu 26 países (e culturas), mas não pretende parar por aí. 

30 Mai 2021

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