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Universidade Princeton: conheça a quarta universidade mais antiga dos EUA

A Universidade Princeton é uma das melhores instituições de ensino superior, não só dos EUA (onde ocupa o 9.º lugar), como do mundo todo. Mas apesar dessa boa reputação, ela não é tão conhecida quanto as suas colegas da Ivy League, como Harvard e Yale. Por isso separamos algumas informações que vão te deixar por dentro dessa instituição! 

Onde fica a Universidade Princeton?

Como o próprio nome indica, a Universidade Princeton fica localizada em Princeton, uma pequena cidade de cerca de 30 mil habitantes no estado de Nova Jersey.

Uma curiosidade é que, originalmente, a instituição não foi criada em Princeton, mas sim na cidade de Elizabeth, que hoje tem cerca de 125 mil habitantes. Depois de apenas 1 ano da sua criação, a universidade se mudou mais uma vez para Newark, que é a mais populosa do estado. O estabelecimento em Princeton só aconteceu nove anos depois dessa segunda mudança.

Atualmente Princeton é essencialmente uma cidade universitária e boa parte de sua economia gira em torno da sua universidade mais famosa. Além disso, também é considerada como uma das melhores cidades para se viver nos Estados Unidos.

E apesar de seu tamanho reduzido e tranquilidade típica de uma cidade pequena, fica a apenas 1 hora de trem de dois grandes centros urbanos: Nova York e Filadélfia.

Quando Princeton foi criada?

A Universidade Princeton foi fundada ainda em 1746 por uma vertente da igreja presbiteriana dos EUA, sob o nome de College of New Jersey. Dessa forma, é considerada como a quarta universidade mais antiga do país, atrás apenas de Harvard (fundada em 1650), do College of William and Mary (1693), e de Yale (1701).

O objetivo de sua fundação, inicialmente, era formar ministros para atuarem nos templos. No entanto, a mudança para a educação secular (sem ligação com a igreja), aconteceu durante a administração de John Whiterspoon, entre 1768 e 1794.

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Em 1896, a faculdade mudou oficialmente seu nome de College of New Jersey para Universidade Princeton, com o intuito de homenagear a cidade que acolheu a instituição depois de duas mudanças. Durante este ano, a faculdade também passou por uma grande expansão e se tornou oficialmente uma universidade.

Apenas em 1969 a universidade começou a aceitar mulheres no corpo estudantil. Mas antes disso, em 1887, Princeton criou uma instituição separada para alunas, chamada de Evelyn College for Women. Porém, essa instituição (que foi a primeira faculdade feminina do estado de Nova Jersey) não teve vida longa, já que foi encerrada em 1897.

Em 2017, a Universidade Princeton divulgou uma investigação sobre seu envolvimento histórico com a escravidão nos EUA. Essa pesquisa aconteceu após estudos produzidos por outras instituições de ensino superior, como a Universidade Georgetown, em Washinton, D.C.

Em abril de 2018, os curadores da instituição anunciaram que nomeariam dois espaços públicos como “James Collins Johnson” e “Betsey Stockton”. Esse ato é uma homenagem a dois escravizados que viviam e trabalhavam no campus de Princeton e cujas histórias foram divulgadas pela investigação de 2017.

Quem são os ex-alunos famosos de Princeton?

Com o passar dos anos, a Universidade Princeton foi se desenvolvendo, até se tornar uma das melhores do país. Até hoje, 65 ganhadores do Nobel, 15 medalhistas Fields e 13 ganhadores do prêmio Turing foram afiliados à instituição como ex-alunos, professores ou pesquisadores. 

Aliás, alguns dos principais ex-alunos da instituição incluem a ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama; os ex-presidentes norte-americanos James Madison e Woodrow Wilson, e o vice-presidente Aaron Burr.

Além disso, doze juízes da Suprema Corte e diversos bilionários e chefes de estado também se formaram por lá. Um famoso bilionário que estudou em Princeton é Jeff Bezos, fundador da Amazon e atual homem mais rico do mundo.

Já entre os professores famosos de Princeton, um grande destaque é ninguém menos que Albert Einstein, um dos cientistas mais importante da história mundial.

Nos anos 50 do século passado, ele fez parte do corpo docente do Instituto de Estudos Avançados, um centro de pesquisa independente que mantinha relações diretas com Princeton e outras importantes universidades da região. E, durante esse período, ele passou a ser associado à Universidade Princeton, fazendo visitas constantes à instituição e ministrando algumas aulas.

Como é o campus de Princeton?

O campus principal da universidade é formado por cerca de 600 edifícios e ocupa cerca de 2000 m² da cidade de Princeton. O primeiro prédio construído foi o Nassau Hall, concluído em 1756 na extremidade norte do campus. A partir daí, as outras instalações foram sendo erguidas ao redor desse edifício principal durante o início e meados do século XIX.

Os principais estilos arquitetônicos desses prédios são o Alto Vitoriano Gótico e o Renascentista Romano, embora muitos dos edifícios que foram construídos nesses estilos já não existam mais.

Até os anos 60, o estilo gótico foi o principal do campus, sempre utilizado na construção dos nove principais prédios da instituição até então. A partir dessa época, a universidade recebeu uma "enxurrada" de novos projetos de construção no lado sul do campus.

Como resultado disso, Princeton conta atualmente com um estilo mais tradicional de um lado do campus (norte) e um estilo mais modernista do outro lado (sul).

A estrutura total da universidade inclui alojamentos estudantis, bibliotecas, prédios de aulas, um teatro, um museu de arte e uma capela.

Quantas alunos estudam em Princeton?

No levantamento mais recente, feito em 2019, Princeton tinha 8419 alunos. Destes, 5422 eram alunos de graduação e 2997 faziam parte de programas de pós-graduação. Ainda no nível de pós-graduação, a grande maioria (2631) estava inserida em programas de doutorado.

Desse total de alunos, cerca de 61% recebem algum tipo de auxílio financeiro e 98% moram no próprio campus.

O corpo docente, por sua vez, é representado por quase 1300 professores. Sendo assim, a proporção de estudantes para professores é de 5 para 1.

Quais são os cursos oferecidos em Princeton?

Princeton é conhecida pro ser, ao mesmo tempo, uma universidade de pesquisa e uma instituição comprometida com as Artes Liberais. A universidade oferece programas nas áreas de Humanidades, Artes, Ciências Naturais, Engenharia e Ciências Sociais.

No nível de graduação, a instituição oferece os seguintes diplomas:

  • Estudos Afro-Americanos
  • Antropologia
  • Arquitetura
  • Arte e Arqueologia
  • Ciências Astrofísicas
  • Engenharia Química e Biológica
  • Química
  • Engenharia Civil e Ambiental
  • Estudos Clássicos
  • Literatura Comparada
  • Ciência da Computação
  • Estudos do Leste Asiático
  • Ecologia e Biologia Evolutiva
  • Economia
  • Engenharia de Computação e Elétrica
  • Inglês
  • Francês e Italiano
  • Geociências
  • Alemão
  • História
  • Matemática
  • Engenharia Mecânica e Aeroespacial
  • Biologia Molecular
  • Música
  • Estudos do Oriente Próximo
  • Neurociência
  • Pesquisa Operacional e Engenharia Financeira
  • Filosofia
  • Física
  • Política
  • Psicologia
  • Políticas Públicas
  • Religião
  • Línguas e Literaturas Eslavas
  • Sociologia
  • Espanhol e Português

Já no nível de pós-graduação, os programas oferecidos são:

  • Antropologia
  • Matemática Aplicada e Computacional
  • Arquitetura
  • Arte e Arqueologia
  • Ciências Astrofísicas
  • Ciências Atmosféricas e Oceânicas
  • Engenharia Química e Biológica
  • Química
  • Engenharia Civil e Ambiental
  • Estudos Clássicos
  • Literatura Comparada
  • Ciência da Computação
  • Estudos do Leste Asiático
  • Ecologia e Biologia Evolutiva
  • Economia
  • Engenharia de Computação e Elétrica
  • Inglês
  • Francês e Italiano
  • Geociências
  • Alemão
  • História
  • História da Ciência
  • Matemática
  • Engenharia Mecânica e Aeroespacial
  • Estudos Medievais
  • Biologia Molecular
  • Composição Musical
  • Musicologia
  • Estudos do Oriente Próximo
  • Neurociência
  • Pesquisa Operacional e Engenharia Financeira
  • Filosofia
  • Física
  • Física do Plasma
  • Política
  • Estudos Populacionais
  • Psicologia
  • Políticas Públicas
  • Biologia Quantitativa e Computacional
  • Religião
  • Línguas e Literaturas Eslavas
  • Politica Social
  • Sociologia
  • Espanhol e Português

Quanto custa estudar em Princeton?

Princeton, assim como boa parte das instituições de ensino superior dos Estados Unidos, não é uma universidade barata. O custo anual para estudar por lá, no ano acadêmico 2021-2022, é de 77690 dólares, o que na cotação atual (26/07/2021) equivale a quase 402 mil reais.

Esse valor se divide da seguinte forma:

  • Mensalidade e taxa acadêmica: $56010
  • Dormitório: $10690
  • Alimentação (inclui todas as refeições): $7490
  • Demais despesas (livros, despesas pessoais, etc.): $3500

Além desses valores, os estudantes internacionais também devem se preocupar com os gastos referentes às passagens aéreas e também ao seguro saúde obrigatório oferecido pela universidade (se já não contarem com um seguro privado). O plano de saúde da instituição custa 2780.

A boa notícia é que muitos alunos da universidade recebem bolsas que podem cobrir o total ou parte do valor cobrado pelo ano acadêmico. Se um aluno recebe uma bolsa de 50 mil dólares, por exemplo, ele deverá pagar os 27690 dólares restantes de duas formas: ou em pagamentos semestrais (dois pagamentos ao ano) ou em pagamentos mensais.

Qual é o desempenho de Princeton nos rankings?

Princeton não faz feio nos principais rankings de avaliação de universidades. No QS World University Rankings 2022, como dissemos no início desse texto, a instituição se posiciona como a 9.ª melhor universidade dos Estados Unidos, e 20.ª do mundo. Fica na frente, por exemplo, de instituições como a Universidade de Toronto, no Canadá; a Universidade de Tóquio, no Japão; e a Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Já no ranking de empregabilidade da QS, que avalia as melhores universidade do mundo de acordo com a opinião do mercado de trabalho, Princeton se classifica na 15.ª posição a nível mundial (e 9.ª nos EUA).

Ainda de acordo com a QS, as área acadêmicas com melhor desempenho em Princeton são: Economia e Econometria (4.ª melhor universidade do mundo na área); Política (4.ª); Língua e Literatura Inglesa (7.ª); Matemática (7.ª); Línguas Modernas (7.ª); Artes e Humanidades (8.ª); Física e Astronomia (8.ª); e História (9.ª).

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Em outro ranking igualmente importante, o THE World University Rankings, a Universidade Princeton se sai ainda melhor, ocupando o 9.º lugar a nível mundial e o 7.º entre as universidades americanas. Fica na frente de instituições como a Universidade de Chicago, o Imperial College London, e a Universidade da Pensilvânia.

Como funciona o processo seletivo de Princeton?

Para se candidatar para estudar em Princeton, o interessado deve se aplicar através das plataformas Coalition Application, Common Application ou QuestBridge Application e, além disso, submeter o suplemento obrigatório de Princeton, que nada mais é que uma espécie de conjunto de essays respondendo questões relacionadas à experiência do aluno na área que pretende estudar na universidade; participação em atividades extracurriculares; qualidades pessoais e história de vidal; entre outras coisas.

No processo também são exigidos outros documentos como duas cartas de recomendação e transcrições de notas do Ensino Médio. Atualmente, devido a pandemia, não estão sendo exigidas as notas do SAT/ACT, mas provavelmente essa suspensão não virará uma regra permanente. Além disso, os estudantes estrangeiros também devem enviar um teste de proficiência em inglês (TOEFL, IETLS Academic ou PTE Academic).

Quais são as bolsas oferecidas em Princeton?

Apesar de ser uma universidade cara, Princeton também é conhecida por ser bastante generosa no que diz respeito ao oferecimento de bolsas de estudos para seus estudantes. Aproximadamente 61% dos alunos de graduação da instituição recebem bolsa e o valor médio das bolsas oferecidas fica em torno de 56500 dólares.

Por lá, estudantes originários de família com renda anual de até 65 mil dólares são elegíveis para receberem bolsa integral, que cobrem, além da taxa acadêmica, hospedagem e alimentação. Já os estudantes com renda anual familiar até 160 mil dólares são elegíveis para isenção da taxa acadêmica.

Confira abaixo o quadro de distribuição de bolsas da universidade de acordo com a renda familiar de cada aluno:

Renda familiar anual (em dólares) Porcentagem de estudantes qualificados para a bolsa Média de valor oferecido (em dólares) O que cobre?
Até 65 mil 100% 71340 Mensalidade integral, taxa da faculdade, acomodação e alimentação
Entre 65 e 85 mil 100% 65620 Mensalidade integral, taxa da faculdade e 75% do valor da acomodação e alimentação
Entre 85 e 100 mil 100% 62800 Mensalidade integral, taxa da faculdade e 58% do valor da acomodação e alimentação
Entre 100 e 120 mil 100% 58780 Mensalidade integral, taxa da faculdade e 35% do valor da acomodação e alimentação
Entre 120 e 140 mil 100% 56400 Mensalidade integral, taxa da faculdade e 21% do valor da acomodação e alimentação
Entre 140 e 160 mil 100% 52210 Mensalidade integral
Entre 160 e 180 mil 100% 47470 91% do valor da mensalidade
Entre 180 e 200 mil 93% 41900 81% do valor da mensalidade
Entre 200 e 250 mil 82% 35185 68% do valor da mensalidade
Acima de 250 mil 34% 25430 49% do valor da mensalidade

O processo de distribuição de bolsas em Princeton é totalmente need-blind para todos os alunos, inclusive os estrangeiros. Isso significa que a solicitação de auxílio não é de forma alguma uma desvantagem no processo de admissão, garantindo igualdade de oportunidades para alunos de baixa e média renda.

11 tipos de bolsas de estudos nos EUA

Em outras palavras, a ajuda financeira oferecida por Princeton é concedida exclusivamente com base na necessidade do aluno, não havendo, portanto, bolsas baseada em mérito. Isso não quer dizer, no entanto, que os méritos acadêmicos e/ou esportivos dos alunos não são avaliados no processo de seleção para novos alunos.

A necessidade de cada aluno é determinada por meio de uma análise cuidadosa das circunstâncias financeiras individuais de cada família. E isso é feito com o apoio de documentos financeiros que atestem as condições econômicas de cada um dos candidatos.

Universidade do Intercâmbio

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Rafael Cerqueira
AUTOR

Rafael é um jornalista baiano apaixonado por viagens. Estudou em Minas e Portugal. Viveu em São Paulo e na Argentina. Conheceu 26 países (e culturas), mas não pretende parar por aí. 

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