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Como fazer faculdade nos EUA: passo a passo

Fazer faculdade nos Estados Unidos é o sonho de muita gente. E colocar esses planos em prática pode ser muito vantajoso para a sua vida. Afinal de contas, as universidades dos do país estão entre as melhores do mundo. Mas você sabe exatamente como fazer faculdade nos EUA?

Se você ainda não tiver certeza de todos os detalhes, preste atenção nesse texto, porque aqui nós vamos te explicar como funciona o processo para fazer uma graduação na terra do Tio Sam. Vamos nessa?

O que é preciso para fazer faculdade nos Estados Unidos?

Quando a gente vê alguém que foi aprovado em Harvard, por exemplo, nós pensamos que essa pessoa se matou de estudar, né? Também costumamos achar que essa pessoa veio de uma família rica e que teve todas as oportunidades na vida. Mas nada disso é critério para estudar nas universidades estadunidenses.

Isso porque a forma como as universidades internacionais funcionam é bastante diferente daqui no Brasil. Lá, a maioria das universidades considera não só as suas notas, mas também a sua trajetória e as oportunidades que você teve. É importante que você seja uma pessoa que não deixa seus sonhos só no papel, mas faz de tudo para realizá-los.

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Você deve estar se perguntando como eles vão saber de tudo isso, não é mesmo? Bom, é que nos Estados Unidos a aplicação para a universidade não envolve somente uma prova, como acontece por aqui. Para estudar por lá é, geralmente, preciso:

  • Ter a partir de 17 anos de idade;
  • Ter completado o Ensino Médio ou High School;
  • Ter feito as provas do SAT ou ACT, que são similares ao Enem;
  • Ter uma carta de recomendação;
  • Ter proficiência em inglês comprovada, geralmente, pelo TOEFL;
  • Escrever uma essay;
  • Disponibilizar o seu histórico escolar para análise do seu GPA;
  • Fazer atividades extracurriculares;
  • Ter seus documentos com tradução juramentada;
  • Pagar a taxa de inscrição;
  • Análise financeira.

Qual é o passo a passo de como fazer faculdade nos EUA?

Ver uma lista assim pode assustar quem não está acostumado com o processo. Afinal de contas, aqui no Brasil é só fazer o Enem e ter se formado no Ensino Médio, né? Mas todas essas etapas servem para que você não seja julgado apenas pelo seu desempenho em um dia da sua vida.

Isso não quer dizer que você não possa aplicar em qualquer outro momento da vida. Não existe uma idade limite para fazer a sua aplicação. Porém, algumas instituições, como a Universidade de Columbia, têm processos de aplicação diferente para quem está tentando uma segunda graduação. Por isso, o primeiro passo para estudar nos Estados Unidos é:

1. Conheça a instituição que você quer estudar

Nos Estados Unidos não existe um único sistema de aplicação para todas as universidades, como acontece no Reino Unido, por exemplo. Lá, cada uma das instituições podem estabelecer os próprios critérios para ingresso dos alunos e solicitar que as inscrições sejam feitas em seus próprios sistemas.

Algumas das grandes instituições, como Harvard, Stanford e Yale fazem suas aplicações através do Common Application, uma plataforma que recebe inscrições para cerca de 800 instituições do mundo todo. Porém, lugares como o MIT e a Universidade da Califórnia fazem aplicações separadas.

No geral, esses lugares pedem que os alunos façam algum teste de ingresso, como o SAT ou ACT e as provas de proficiência, mas as notas requeridas para cada um dos cursos variam, assim como as documentações gerais necessárias. Existem até mesmo algumas instituições com cursos de graduação ou Majors, como a Minerva School, que não pedem esses tipos de provas.

Uma das grandes vantagens de não ter um padrão é que você pode aplicar para quantas universidades quiser. Por outro lado, vai ter que ficar atento(a) para cumprir o que for exigido em cada uma delas.

Se você gostaria de preencher seus dados uma única vez, pode levar em consideração o Coalition App, que recebe aplicações de estudantes internacionais para grandes universidades.

2. Avalie qual é a melhor opção de ingresso para você

Também é importante entender o seu perfil para saber qual é o melhor tipo de ingresso para você. Isso porque não existe apenas uma maneira de entrar em uma faculdade americana. Apesar de a mais comum e mais exigente, a entrada direta não é a única forma de acesso às universidades dos Estados Unidos.

Uma opção interessante para quem ainda não cumpre todos os critérios exigidos para entrar em uma universidade é ingressar em uma community college. Essas instituições oferecem cursos similares aos nossos cursos técnicos.

como fazer faculdade nos eua(Foto: PxHere)

A grande vantagem é que elas podem ser uma porta de acesso para grandes universidades. Isso porque, muitas vezes é possível pedir transferência das community colleges para cursos de graduação em universidades maiores.

LEIA TAMBÉMComo pedir transferência de Community College para universidade?

Outra opção é optar por uma graduação sanduíche, em que você faz parte do seu curso aqui no Brasil e outra parte nos Estados Unidos. Muitas instituições têm parcerias com universidades internacionais e podem facilitar muito o seu processo de aplicação. É possível até pedir transferência da sua universidade para uma outra internacional (embora este seja um processo um pouco mais complicado).

3. Faça um bom planejamento

Independente da forma de ingresso que você escolher, fazer uma faculdade nos Estados Unidos exige muito planejamento. Cumprir as atividades extracurriculares e conquistar boas notas no seu histórico levam tempo.

Mesmo a reunião dos documentos não pode ser feita do dia para a noite. Além disso, é preciso se preparar para os testes de línguas e para as certificações internacionais como o SAT, para a escrita das redações e até para pedir as cartas de recomendação.

LEIA TAMBÉMLinha do tempo para aplicação nos Estados Unidos: quais são os prazos?

Ou seja, se organizar é um ponto-chave para cumprir os próximos passos desta lista. Por isso mesmo, o ideal é que você comece a se preparar cedo, desde o primeiro ano do Ensino Médio. Mas se você já está se formando, espere gastar entre 6 meses e um ano para conquistar a sua vaga.

4. Invista em atividades extracurriculares

Nos Estados Unidos as universidades priorizam saber quem você é para te oferecer uma vaga. Por isso, além das suas notas — que representam um pouco que você faz em aula —  elas querem saber quem você é fora da classe.

É por isso que a aplicação para as universidades estadunidenses pede que você envie até 10 atividades extracurriculares. Elas são tudo aquilo que você faz fora das suas obrigações como estudante.

Isso significa que participar das atividades obrigatórias da escola não contam como extracurriculares. Ao mesmo tempo, nem tudo que você faz fora da classe serve para a sua aplicação. Boas atividades extracurriculares devem:

  1. Demonstrar uma grande paixão;
  2. Mostrar protagonismo;
  3. Indicar o fortalecimento de algum talento ou habilidade;
  4. Gerar impacto na sua comunidade ou nas pessoas a sua volta.

Ou seja, não existe uma atividade perfeita que se encaixe bem para todos os tipos de pessoas. Ainda assim, tocar um instrumento, dar monitoria das disciplinas que você domina, manter um blog, página no Instagram ou um canal no YouTube podem ser ótimas atividades.

Uma vantagem é que essas atividades não precisam ser necessariamente comprovadas. Ou seja, você não precisa ter certificado das suas extracurriculares. Porém, algumas universidades que fazem entrevistas podem te perguntar sobre elas. 

5. Se prepare para o Enem americano

É verdade que as notas não são a única coisa que importa na hora de conquistar sua vaga nas universidades dos Estados Unidos, mas elas ainda são um critério. Por lá as universidades avaliam tanto a sua média de notas GPA quanto a sua pontuação nas provas padrão, que são como um vestibular.

Nos EUA existem dois exames mais comuns aceitos pelas universidades: o Scholastic Aptitude Test (SAT) e o American College Testing (ACT). Muitas instituições aceitam ambas as provas e você pode escolher a que for mais fácil para você.

As maiores diferenças entre os dois exames estão no estilo da prova e nos conteúdos abordados. Embora exista um mito de que o SAT é preferido pelas universidades, as notas de ambos têm igual valor. Ainda assim o SAT é feito por cerca de 60% dos candidatos.

Por outro lado, as provas padronizadas nem sempre são exigidas pelas universidades. Nos Estados Unidos algumas instituições são test-blind, ou seja, não levam a nota em consideração e outras são test-optional, que não exigem, mas consideram a nota.

LEIA TAMBÉMQual é o conteúdo do SAT?

Se a universidade que você escolheu exigir as pontuações do SAT, o ideal é se preparar. Para realizar a prova é importante dominar o inglês e ter uma base sólida em matemática. Isso porque esses são os dois conteúdos mais presentes no exame.

6. Faça a prova de proficiência em inglês

Dominar o inglês é outro ponto-chave na hora de fazer faculdade nos EUA. O primeiro motivo para isso é que os cursos de graduação do país são oferecidos na língua local. Então, para tirar melhor proveito, é necessário dominar o idioma.

Contudo, para ingressar em uma universidade dos Estados Unidos não basta ter um bom conhecimento de inglês. Você vai precisar comprovar o seu domínio com uma prova de proficiência.

Ter esse tipo de certificado é uma exigência de muitas universidades. Geralmente, as instituições aceitam vários exames. O mais popular nos EUA é o TOEFL, organizado pela empresa norte-americana ETS. Porém, outras opções aceitas são o IELTS, os exames de Cambridge e o Duolingo English Test.

LEIA TAMBÉMProva de proficiência em inglês: qual escolher?

Algumas universidades também aceitam a sua nota do SAT como uma comprovação de domínio de inglês, afinal, a prova é toda realizada neste idioma. Ainda assim, o mais comum é que cada curso estabeleça uma nota mínima nos exames de proficiência para aceitarem alunos estrangeiros.

7. Peça cartas de recomendação

Nos Estados Unidos as universidades escolhem seus alunos não só por suas notas, mas pelo seu perfil enquanto pessoa e estudante. Essas características não podem ser medidas com o resultado de uma prova, por isso, as inscrições para as universidades têm tantos outros fatores.

Um dos pontos mais relevantes para que a sua aplicação seja bem sucedida é a carta de recomendação. Ela é escrita por um(a) professor(a) que já deu aulas para você. Nela, essa pessoa vai contar mais sobre suas experiências e habilidades.

É essencial que você escolha um(a) professor(a) que realmente te conheça. Isso porque escrever a carta não é uma tarefa simples. Ela não pode ter um tom apenas de elogio, nem ser seca e fria demais. Além disso, é necessário incluir exemplos para ilustrar as características descritas.

Por ser uma tarefa complexa, nada de escolher qualquer professor nem de dar essa missão em cima da hora. Fazer uma boa carta pode levar tempo, ainda mais considerando que ela deve ser escrita em inglês.

Uma dica é pedir ao seu recomendador que escreva a carta com, no mínimo, um mês de antecedência. Lembre-se que esse não é um hábito no Brasil, então explique para o seu professor(a) tudo que a carta precisa ter para que ele(a) faça um bom trabalho.

8. Escreva suas redações

Aqui no Brasil estamos acostumados a fazer redações como parte da prova de seleção para a universidade. No Enem, por exemplo, precisamos escrever um texto dissertativo-argumentativo. Porém, nos EUA a importância da redação é ainda maior.

LEIA TAMBÉM - Essay: o que é e 53 tópicos para te inspirar a escrever

Nos Estados Unidos as universidades pedem que você envie uma ou duas redações com a sua aplicação. Esses textos são chamados de essays e podem ter quatro estilos principais:

  • Argumentativo;
  • Descritivo;
  • Expositivo;
  • Narrativo.

O tipo mais comum de essay é o “personal statement”. Nesse modelo você deve responder qual é a sua motivação para ingressar naquela universidade específica e falar um pouco da sua vida. Este é um dos momentos em que as universidades sabem mais sobre o seu perfil e se você se encaixa na instituição.

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Algumas universidades pedem também um “supplemental essay”. Nessa redação você deve responder a um “prompt” ou pergunta motivadora. Os enunciados são bastante diversos, podendo ser coisas como: “Descreva seu livro favorito” e indo até “O que você faria se pudesse mudar o mundo?”.

9. Reúna os documentos necessários e aplique

Um dos passos finais de como fazer faculdade nos EUA é reunir seus documentos e se inscrever em uma plataforma de aplicação. Ao longo do ano você deve reunir documentos como:

  • Histórico escolar;
  • Diploma de conclusão do Ensino Médio (se já tiver se formado);
  • Notas dos exames padronizados (SAT ou ACT);
  • Certificado e notas da prova de proficiência;
  • Cartas e redações.

Não é preciso ter concluído o Ensino Médio para se inscrever, desde que você se forme antes de começar o curso superior. Caso você ainda não tenha todas as suas notas, pode enviar os resultados que você já tem e informar quais disciplinas você ainda está cursando na escola.

Um ponto importante é que toda a documentação que você enviar deve estar em inglês. E não basta qualquer tradução. Ela precisa ser feita por um profissional habilitado a fazer traduções juramentadas.

Com tudo pronto, basta fazer o seu registro na plataforma de aplicação escolhida. Geralmente esses sites são muito acessíveis. Basta se registrar e seguir as orientações disponíveis na plataforma que a sua inscrição será contabilizada.

10. Encontre a bolsa de estudos ideal para você

Não dá para deixar de lado um ponto super importante: como você vai pagar pelo seu curso de graduação. Essa é uma preocupação comum, considerando que a educação superior nos Estados Unidos, seja privada ou pública, não é gratuita.

Ainda que a maioria das universidades estadunidenses cobrem preços salgados, as instituições mais relevantes têm muitas opções de auxílio. Ao contrário de outros países, nos EUA é fácil achar opções para cursos de graduação.

como-fazer-faculdade-nos-eua-bolsas(Foto: Nick Yougson/Pix4free)

É possível encontrar bolsas que cobrem todos ou parte dos seus gastos nos sites das próprias universidades. Algumas instituições, como Harvard oferecem até mesmo opções exclusivas para alunos estrangeiros.

São muitas categorias de bolsas disponíveis nos Estados Unidos. Elas podem variar conforme o seu desempenho acadêmico, a sua necessidade financeira e até características pessoais, como gênero e etnia. Sem dúvidas você vai encontrar a opção ideal para você!

Como aumentar suas chances de ser aprovado?

Agora você já sabe o básico de como fazer uma faculdade nos EUA. Mas o segredo para conseguir sua vaga é se preparar da forma certa. Pensa como seria ótimo se você pudesse ter ajuda nesse processo! Então que tal se preparar com quem já viveu essa experiência?

Com a mentoria especializada da Universidade do Intercâmbio você aprende com mentores que já estudaram nas melhores universidades dos EUA! São mais de 900 aulas para te ensinar todos os detalhes para fazer um intercâmbio.

Além disso, você pode contar com a nossa equipe para corrigir as suas essays, revisar as suas cartas de recomendação e conferir seus documentos. Isso sem contar nas dicas para melhorar o seu inglês.

Se você quer saber tudo sobre como fazer faculdade nos EUA, aproveite essa chance! Faça agora mesmo o seu teste de perfil clicando aqui!

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Ana Resende Quadros
AUTOR

Ana é jornalista, mestra e doutoranda em Comunicação. Sua paixão é levar informação e conhecimento para todos e, assim, contribuir para a ampliação da cidadania.

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